Este artigo objetiva discutir os processos de constituição de sentidos a partir de aproximações entre as perspectivas de Vygotsky e Bakhtin, bem como de que forma tais aproximações permitem a compreensão dos processos da constituição de subjetividade. Para isso, apresenta-se a tese de que o “sentido†é um acontecimento semântico particular constituÃdo dialogicamente nas relações sociais, nas quais uma gama de signos é posta em jogo, permitindo a emergência de processos de singularização em uma trama histórica e cultural. Sobre a constituição da subjetividade, por meio da problematização da dicotomia individual-social fomentada por esses autores, sustenta-se a concepção de que o sujeito é uma forma de sociabilidade qualitativamente diferenciada. Salientam-se, por fim, que essas interlocuções são um caminho promissor para que a subjetividade seja concebida como um processo polissêmico e polifônico.