O artigo tem como objetivo analisar como a peça de Martin McDonagh,
The Beauty Queen of Leenane, dialoga criticamente com a memória
cultural irlandesa ao desconstruir a idealização feita no inicio do século
XX da famÃlia como uma instituição base para o desenvolvimento da identidade cultural do paÃs. Considerando que a solidificação do Estado
Livre da Irlanda contava com a propagação dos nacionalismos cultural e
polÃtico da posição fixa de gêneros para que a ordem da nação fosse
garantida, examinamos a peça como uma contra-narrativa pós-moderna
que zomba da utopia nacionalista irlandesa ao apresentar a célula familiar
como uma prisão claustrofóbica, alienante e conflitiva, com implicações
negativas das normas tradicionais de gênero.
This paper analyses how Martin McDonagh’s play, The Beauty Queen of
Leenane, dialogues critically with Irish cultural memory by deconstructing
early twentieth-century idealization of family as a key institution for the
development of Irish national identity. Considering that the solidification
of the Irish Free State counted with both cultural and political nationalisms’
propagation of restraining gender roles in order to guarantee an ordered
nation, we examine such a play as a postmodern counter-narrative which
mocks Irish nationalist utopia by presenting the peasant family cell as a
claustrophobic, alienating and conflictive prison, noticeable by negative
implications of traditional gender norms.