Este artigo procura descrever os diferentes discursos que constituÃram historicamente
modos de ver a Matemática e o seu ensino, cujos efeitos foram a produção de diferentes modos de
subjetivação dos indivÃduos. Ou seja, tal subjetivação matemática varia na medida em que o modo
de ensinar a Matemática é produzido por diferentes práticas discursivas. A partir de uma perspectiva
foucaultiana, coloca sob suspeita a pretensão de discursos que buscam uma homogeneização nas
formas de pensar dos indivÃduos, comuns num modelo de sociedade disciplinar, trazendo à tona
os discursos emergentes na sociedade do controle, sociedade do conhecimento, que, ao contrário
da disciplinar, busca salientar as diferenças, tornando possÃvel, através de um enfoque holÃstico e
transdisciplinar, presente na Etnomatemática, a constituição de um sujeito multidisciplinar.