A construção da imagem no adeus a Brizola: apontamentos sobre a cobertura do funeral pela imprensa

Argumentos

Endereço:
Avenida Rui Braga - Vila Mauricéia
Montes Claros / MG
39401-089
Site: http://www.periodicos.unimontes.br/argumentos
Telefone: (38) 3229-8039
ISSN: 2527-2551
Editor Chefe: Gustavo Dias
Início Publicação: 20/06/2017
Periodicidade: Semestral

A construção da imagem no adeus a Brizola: apontamentos sobre a cobertura do funeral pela imprensa

Ano: 2022 | Volume: 19 | Número: 1
Autores: Graziane Ortiz Righi
Autor Correspondente: Righi, G. | [email protected]

Palavras-chave: Leonel Brizola, Memória, Imprensa, Democracia, Funeral

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo pretende analisar como a imprensa escrita construiu a imagem de Leonel Brizola durante seu funeral, em junho de 2004. Embora o pedetista viesse enfrentado duras perdas eleitorais nos anos anteriores à sua morte, ele mantinha-se ativo na vida pública. A extensa cobertura de sua morte por diferentes veículos de comunicação das mais diversas perspectivas ideológicas, assim como a comoção popular - aliado ao esforço político de seus herdeiros - impulsionou a imagem de Brizola aos holofotes da política nacional. A crise política que levou ao golpe parlamentar contra Dilma Rousseff, em 2016, consolidou o retorno de sua imagem a partir do acesso a um Brizola de um passado mais longínquo: de sua luta pela democracia em 1961. Assim, a despeito de sua morte, a memória sobre o político segue pujante. Julguei mais adequado ao tema as interpretações já tradicionais de Maurice Halbwachs (1990). Além disso, a análise partiu de reflexões já apresentadas sobre a relação História e Imprensa, bem como as relações da imprensa e política. As fontes consultadas para esta reflexão foram os periódicos Zero Hora, Correio do Povo, O Globo e Jornal do Brasil.



Resumo Inglês:

The article intends to analyze how the newspapers built Leonel Brizola's image during his funeral, in June 2004. Although the Democratic Labour Party had faced severe electoral losses in the years before Brizola's death, he remained active in public life. The extensive coverage of his death all over the media from the most diverse ideological perspectives, as well as the popular commotion - combined with the political effort of Brizola's heirs - boosted his image into the spotlight of national politics. The political crisis that led to the congress coup against Dilma Rousseff, in 2016, consolidated the return of Brizola's image through access to a Brizola from a more distant past: his fight for democracy in 1961. Thereby, despite his death, the memory of the politician remains strong. I found the already traditional interpretations of Maurice Halbwachs (1990) to be more appropriate to the theme. In addition, the analysis started from reflections already presented on the relationship between History and the Press, as well as the relationship between the press and politics. The sources consulted for this reflection were the periodicals Zero Hora, Correio do Povo, O Globo and Jornal do Brasil.



Resumo Espanhol:

El artículo se propone analizar cómo la prensa escrita construyó la imagen de Leonel Brizola durante su funeral, en junio de 2004. Aunque el político del Partido Democratico Trabalhista (PDT) hubia enfrentado severas derrotas electorales en los años previos a su muerte, se mantuvo activo en la vida pública. La amplia cobertura de su muerte por diferentes medios de comunicación desde las más diversas perspectivas ideológicas, así como la conmoción popular -aliado al esfuerzo político de sus herederos- impulsó la imagen de Brizola al centro de atención de la política nacional. La crisis política que derivó en el golpe parlamentar contra Dilma Rousseff, en 2016, consolidó el retorno de su imagen a través del acceso a un Brizola de un pasado más lejano: de su lucha por la democracia en 1961. Así, apesar de su muerte, la memoria de la política se mantiene fuerte. Las ya tradicionales interpretaciones de Maurice Halbwachs (1990) me parecieron más apropiadas al tema. Además, el análisis partió de reflexiones ya presentadas sobre la relación entre Historia y Prensa, así como la relación entre prensa y política. Las fuentes consultadas para esta reflexión fueron los periódicos Zero Hora, Correio do Povo, O Globo y Jornal do Brasil.