A CONSTRUÇÃO DO CORPO SEXUADO: UMA REFLEXÃO SOBRE OS SIGNIFICADOS DE GÊNERO E DE COMO ESTE SE ARTICULA COM O CORPO

Revista Sociais e Humanas

Endereço:
Avenida Roraima, nr. 1000, Prédio 74C, Campus da Universidade Federal de Santa Maria, Bairro Camobi
Santa Maria / RS
97015372
Site: http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/sociaisehumanas
Telefone: (55) 32209259
ISSN: 23171758
Editor Chefe: Kelmara Mendes Vieira
Início Publicação: 30/11/1975
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

A CONSTRUÇÃO DO CORPO SEXUADO: UMA REFLEXÃO SOBRE OS SIGNIFICADOS DE GÊNERO E DE COMO ESTE SE ARTICULA COM O CORPO

Ano: 2011 | Volume: 24 | Número: 2
Autores: Thayse Figueira Guimarães
Autor Correspondente: Thayse Figueira Guimarães | [email protected]

Palavras-chave: Corpo, Gênero, Materialidade, Sexualidade, Sujeito

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A despeito dos diversos modos de compreender os corpos sexuados e teorizar sobre eles, argumenta-se, neste artigo, que o processo de naturalização das diferenças sexuais e a patologização das identidades sociais perpetuam regimes de verdades que relacionam corpos inteligíveis a expressões de gênero, compreendidas como verdadeiras e/ou originais. Sob essa perspectiva, proponho, com base no pensamento de Judith Butler, questionar o processo de normatização do corpo sexuado, com vista a causar fricções na norma segundo a qual se qualifica o humano. Parto do pressuposto que a natureza do corpo sexuado é “naturalizada” e que o gênero é um conceito-chave para entendermos a materialidade do sexo e como ele se faz passar por natural. Para isso, além de desenvolver a noção butleriana de materialidade corpórea, apresento também a perspectiva foucaultiana dos regimes de saber-poder que constituem os sujeitos sexuados. Trago ainda a perspectiva histórica desenvolvida por Laquer sobre a passagem do isomorfismo para o dimorfismos. Tais perspectivas mostram o corpo sexuado ligado a uma historicidade, sendo parte de uma economia discursiva de uma determinada época e cultura.