A construção histórica dos Estados modernos (absolutistas) no mundo ocidental

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ISSN: 1980-2072 (Impressa)
Editor Chefe: Prof. Sérgio Henriques Zandona Freitas
Início Publicação: 01/06/2006
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Direito

A construção histórica dos Estados modernos (absolutistas) no mundo ocidental

Ano: 2012 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: Bruno Albergaria
Autor Correspondente: Bruno Albergaria | [email protected]

Palavras-chave: história, idade média, transição, modernidade, estados absolutistas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Com este trabalho objetiva-se iluminar – com as devidas desculpas do inevitável trocadilho –, via contornos
históricos, a construção social e política da sociedade moderna, considerada moderna na perspectiva temporal da assinatura do Tratado de Westfália, em 1648; isto é, com o caminhar inicial na Idade Média, com seus feudos e o poderio da Igreja Católica Apostólica Romana até chegarmos ao surgimento dos Estados Absolutistas. Para tanto, observa-se (aqui dito como mero espectador que apenas “observa” a história e não faz nenhuma análise de valor ou tentativa de interferência...) a transição do mundo teocêntrico da sociedade medieval – em que a Santa Inquisição, em nome dos valores divinos, operou um dos momentos mais árduos e intolerantes da vida européia – ao moderno cosmos homocêntrico, estruturado com o discurso filosófico da racionalidade metodológica cética moderna. Percebe-se, pelo contar das (várias) histórias, que as incipientes igrejas – em defesa do seu único Deus – patrocinaram as inúmeras guerras e que a tão almejada paz não poderia ser estabelecida senão pelo retorno do homem ao seu devido lugar e comando. Assim, vê-se surgir, em detrimento do poder de Deus (apesar de nunca querer esquecê-lo, ou até mesmo tentar matá-lo, como fez Nietzsche), a paz na Europa, com o fim das Guerras Religiosas e a instauração de Estados laicos, soberanos, e, no palco internacional, de igualdade formal.



Resumo Inglês:

This work aims to illuminate – with due apologies to the inevitable pun – via historical outline, the social and political construction of modern society, considered modern from the temporal perspective of the signing of the Treaty of Westphalia in 1648, i.e., from the initial steps of the Middle Ages, with its fiefs and the power of the Roman Catholic Church, until the emergence of the absolutist states. Toward this end, the transition from the medieval theocentric society – in which the Inquisition, in name of divine values, operated one of the most painful and intolerant periods in Europe – to the modern homocentric cosmos structured around the modern skeptical philosophical discourse of rationality. As denoted in the narration of various stories, the incipient churches – in defense of their faith of one God – sponsored numerous wars and the much desired peace could not be established until the return of man to his rightful place and command. Finally, to the detriment of God’s power (despite never wanting to forget Him or even trying to kill Him, as did Nietzsche), peace arrived in Europe, after the end of the Religious Wars and the establishment of secular and sovereign states, and on the international stage, formal equality.