A cultura hip-hop como estilo integrado no fluxo cultural global vem a problematizar a acomodação dos
olhares em relação às contradições sociais, além de mostrar outras formas de pensar o lugar de saberes,
de conhecimentos e de valores como solidariedade e coletividade.O objetivo desse artigo está em traçar
um panorama do hip-hop no Brasil, tendo como berço dessa cultura São Paulo, e refletir sobre o papel
das posses, ações juvenis periféricas do hip-hop, como possíveis mediações para novas práticas
políticas. Nesse trabalho discutimos a contribuição teórica-política dos Estudos Culturais e seu enfoque
no processo de significação das práticas culturais, presentes nos tecidos urbanos da
contemporaneidade, que viabiliza a constituição de novas narrativas.