Neste estudo, focalizamos a variação dos verbos ter e haver em construções existenciais em dados de fala culta e escrita acadêmica, com o intuito de observar como essas variantes se comportam nessas modalidades de uso da lÃngua. Para descrição e análise dos dados, utilizamos a Teoria da Variação e Mudança (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006[1968]; LABOV, 2008[1972]), associada a estudos linguÃsticos sobre as construções existenciais no português brasileiro (AVELAR; CALLOU, 2007; AVERLAR, 2006a, b). Os resultados mostram que, na lÃngua falada, ter é o verbo existencial canônico, mas, na lÃngua escrita, haver é o existencial selecionado. Também verificamos que a preferência pelo uso de ter tende a favorecer o uso de construções existenciais com ter pessoal tanto na lÃngua falada quanto na lÃngua escrita.