Este artigo analisa, à luz da Retórica de Pathos de Aristóteles, como sambas-enredo de temática social constroem vínculos emocionais com o público. Com abordagem qualitativa e exploratória, aplica seis categorias patêmicas que evidenciam o uso estratégico das emoções como forma de persuasão. Fundamenta-se na teoria da patemização de Charaudeau (2007), na phronesis e eupraxia segundo Lima (2011), e nas Representações Sociais de Moscovici (1989) e Jodelet (1985). A análise de dois sambas-enredo revela o samba como prática discursiva de resistência, memória e conscientização social, com papel político na valorização de vozes silenciadas.