CONSUMO DE PROCESSADOS E ULTRAPROCESSADOS POR GESTANTES DA ATENÇÃO BÁSICA NO TOCANTINS | V CIAPS 2021 - TRABALHOS PREMIADOS

Revista Ciência Plural

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ISSN: 2446-7286
Editor Chefe: Iris do Céu Clara Costa
Início Publicação: 23/04/2015
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Saúde coletiva

CONSUMO DE PROCESSADOS E ULTRAPROCESSADOS POR GESTANTES DA ATENÇÃO BÁSICA NO TOCANTINS | V CIAPS 2021 - TRABALHOS PREMIADOS

Ano: 2022 | Volume: 8 | Número: 1
Autores: J. S. C. C. Araújo, J. O. Marinho, F. C. Q. S. Anjos, R. J. Pereira.
Autor Correspondente: R. J. Pereira. | [email protected]

Palavras-chave: Gestação, Consumo alimentar, Micronutrientes.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Introdução: o consumo frequente de alimentos industrializados, prontos para o consumo, é considerado um mau hábito alimentar em todas as fases do ciclo da vida e pode ser especialmente prejudicial aos grupos populacionais mais vulneráveis, como as mulheres grávidas. No entanto, são preparações altamente palatáveis e práticas que, mesmo contraindicadas, continuam representando parcela importante no cardápio dos brasileiros. Objetivo: caracterizar o consumo de alimentos quanto ao grau de processamento, por gestantes adultas, atendidas na atenção básica de Palmas, Tocantins. Metodologia: o estudo investigou 60 mulheres em quatro dos sete territórios de saúde de Palmas, por meio de um recordatório que investigou o consumo alimentar nas 24 horas anteriores à entrevista. Foi estimado pelo Dietbox, o consumo de energia, macronutrientes, ferro, cobalamina e ácido fólico totais e por grupo de alimentos, conforme categorização em quatro grupos: Grupo 1: alimentos in natura ou minimamente processados; Grupo 2: Ingredientes culinários processados; Grupo 3: Alimentos processados; Grupo 4: Alimentos ultraprocessados. Os dados foram analisados no programa Statistical Package for Social Sciences versão 23.0, por meio de estatísticas descritivas. Resultados: observou-se para o grupo de gestantes estudadas que a ingestão de micronutrientes, em sua maior parte, foi oriunda de alimentos in natura ou minimamente processados, reforçando a importância da ingestão desses tipos de alimentos para uma dieta saudável, sobretudo na gestação. No entanto, observou-se que os alimentos processados e ultraprocessados (vegetais em conservas, alguns pães, macarrão instantâneo, bolacha recheada, margarina, achocolatados, refrigerantes e salsichas) ainda figuram expressivamente nas dietas das gestantes estudadas, tendo fornecido em média 28% da energia diária consumida, 83,2% dos carboidratos diários, 22% dos lipídeos totais e 15,25% das proteínas. Conclusão: processados e ultraprocessados ainda figuram na dieta das gestantes, fornecendo percentuais expressivos da energia e dos carboidratos ingeridos, porém não ofertando quantidades razoáveis de ferro, cobalamina ou ácido fólico.



Resumo Inglês:

Introduction: the  frequent  consumption  of  industrialized,  ready-to-eat  foods  is considereda bad eating habit at all stages of the life cycle and can be especially harmful to the most vulnerable population groups, such as pregnant women. However, they are highly palatable and practical preparations that, even contraindicated, continue to represent  an  important  part  of  the  Brazilian  menu. Objective: to  characterize  food consumption  according  to  the  degree  of  processing,  by  adult  pregnant  women attended in primary care in Palmas, Tocantins. Methodology: the study investigated 60  women  in  four  of  the  seven  health  territories  in  Palmas,  through  a  recall  that investigated   food   consumption   in   the   24   hours   prior   to   the   interview.   The consumption  of  energy,  macronutrients,  iron,  cobalamin  and  folic  acid  total  and  by food group were estimated by Dietbox, as categorized into four groups: Group 1: fresh or  minimally  processed  foods;  Group  2:  Processed  culinary  ingredients;  Group  3: Processed  foods;  Group  4:  Ultra-processed  foods.  Data  were  analyzed  using  the Statistical Package for Social Sciences version 23.0 using descriptive statistics. Results: it  was  observed  for  the  group  of  pregnant  women  studied  that  the  intake  of micronutrients,  for  the  most  part,  came  from  fresh  or  minimally  processed  foods, reinforcing  the  importance  of  ingesting  these  types  of  foods  for  a  healthy  diet, especially  during  pregnancy.  However,  it  was  observed  that  processed  and  ultra-processed  foods  (canned  vegetables,  some  breads,  instant  noodles,  stuffed  biscuits, margarine, chocolate drinks, soft drinks and sausages) still figure significantly in the diets of the pregnant women studied, providing an average of 28% of the daily energy consumed, 83.2% of  daily carbohydrates, 22% of total lipids and 15.25% of proteins. Conclusion: processed  and  ultra-processed  products  still  figure  in  the  pregnant women's   diet,   providing   significant   percentages   of   energy   and   carbohydrates ingested, but not offering reasonable amounts of iron, cobalamin or folic acid.



Resumo Espanhol:

Introducción: El consumo  de  alimentos  industrializados  se  considera  un  mal  hábito alimentario en todas las etapas del ciclo de vida, puede ser especialmente perjudicial para  los  grupos  de  población  más  vulnerables,  como  las  mujeres  embarazadas.  Sin embargo, son preparaciones muy apetecibles y prácticas que, incluso contraindicadas, continúan representando una parte   importante   del   menú   brasileño. Objetivo: caracterizar el consumo de alimentos según el grado de procesamiento, por gestantes adultas atendidas en atención primaria en Palmas, Tocantins. Metodología: el estudio investigo  60  mujeres  en  cuatro  de  los  siete  territorios  de  salud  en  Palmas,  mediante  recordatorio del consumo de alimentos en las 24 horas previas a la entrevista. Dietbox estimó el consumo de energía, macronutrientes, hierro, cobalamina y ácido fólico total por grupo de alimentos, categorizados en cuatro grupos: Grupo 1: alimentos frescos o mínimamente  procesados;  Grupo  2: Ingredientes  culinarios  procesados;  Grupo  3: Alimentos procesados; Grupo 4: Alimentos ultra procesados. Los datos se analizaron utilizando el paquete estadístico Statistical Package for Social Sciences version 23.0 y estadística  descriptiva. Resultados: para  el  grupo  de  gestantes  estudiadas la  ingesta de micronutrientes, en su mayor parte, provino de alimentos frescos o mínimamente procesados, lo que refuerza la importancia de ingerir este tipo de alimentos para una dieta saludable, especialmente durante el embarazo. Sin embargo, se observó que los alimentos    procesados y    ultra procesados (vegetales    enlatados,    panes,    fideos instantáneos,   bizcochos   rellenos,   margarina,   bebidas   de   chocolate,   refrescos   y embutidos) todavía figuran de manera significativa en las dietas de las embarazadas estudiadas, proporcionando un promedio del 28% de la energía diaria, el 83,2% de los carbohidratos  diarios,  el  22%  de  los  lípidos  totales  y  el  15,25%  de  las  proteínas. Conclusión: los productos procesados y ultra procesados siguen figurando en la dieta de  las  embarazadas,  aportando  porcentajes importantes  de  energía  y  carbohidratos, pero sin ofrecer cantidades razonables de hierro, cobalamina o ácido fólico.