O consumo extra de oxigênio pós-exercÃcio (EPOC) representa um gasto energético adicional à quele que ocorre durante o exercÃcio, por isso, tem sido medido durante várias horas após a prática de diferentes exercÃcios. O objetivo deste estudo foi revisar, descrever, comparar e discutir o EPOC resultante da prática de exercÃcios aquáticos, em cicloergômetro e de resistência. Foi realizado levantamento dos artigos nas bases de indexação, priorizando aqueles publicados a partir de 2006. Foi verificado que há diversos fatores que influenciam o EPOC, principalmente a intensidade e duração do exercÃcio. ExercÃcios com intensidade de, pelo menos 70% do VO2 máx. e duração de 60 min provocam maior EPOC. O tempo do EPOC pode se prolongar de 2 h até 48 h e o valor do consumo de oxigênio pode chegar a 23 L ou 114 Kcal, após exercÃcio resistido. No cicloergômetro com intensidade de 60% do VO2 máx. e duração de 20 min, o EPOC médio nos primeiros 16 min de recuperação é de 2,9 L/min. Em vista da intensidade e duração apresentarem grande variação nos exercÃcios estudados, as comparações ficam dificultadas, porém, os resultados indicam que o EPOC é maior em exercÃcios aquáticos, seguidos pelo cicloergômetro e pelos exercÃcios resistidos. Assim, pode-se concluir que o EPOC sofre influência de vários fatores, principalmente do tipo de exercÃcio, intensidade e duração. Esses dois últimos fatores podem fazer com que o EPOC represente um consumo adicional de oxigênio correspondente a 10-20% daquele que ocorreu durante a sessão de exercÃcio.