CONTINUIDADES ANIMAIS. ARGUMENTOS CONTRA A DICOTOMIA HUMANO/ANIMAL NÃO HUMANO

Revista Internacional Interdisciplinar Interthesis

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ISSN: 18071384
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Início Publicação: 30/06/2004
Periodicidade: Semestral

CONTINUIDADES ANIMAIS. ARGUMENTOS CONTRA A DICOTOMIA HUMANO/ANIMAL NÃO HUMANO

Ano: 2011 | Volume: 8 | Número: 1
Autores: Javier Vernal
Autor Correspondente: Javier Vernal | [email protected]

Palavras-chave: Dicotomia humano/animal não humano, Especismo, Continuum animal

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Persiste, na atualidade, uma profunda necessidade de diferenciar os membros da espécie Homo sapiens dos indivíduos pertencentes ao resto do reino animal. Como consequência dessa necessidade surge a dicotomia humano/animal não humano, baseada em diferencias artificiais e infundadas, que responde a fins sempre prejudiciais para os animais não humanos. Neste trabalho queremos mostrar que, por um lado, muitas das características propostas como especificamente humanas são compartilhadas ao menos por algumas espécies animais não humanas e que, por outro lado, existem características especificamente humanas, mas que disso não se conclui que devamos estabelecer uma separação entre animais humanos e não humanos. Rejeitamos a perspectiva especista e segregacionista de que somente o homem possui uma posição singular na natureza. Cada espécie animal tem suas próprias características únicas e, portanto, não haveria lugar para uma exceção humana, senão que haveria tantas exceções como espécies animais existem na natureza. No lugar do abismo traçado entre animais humanos e animais não humanos, defendemos a perspectiva do continuum animal, que permite reconhecer as características que compartilhamos com outras espécies animais e, portanto, promove o fim do especismo.



Resumo Inglês:

At present, there is still a deep need to differentiate the members of the species Homo sapiens from the individuals belonging to the rest of the animal kingdom. As a consequence of this need arises the dichotomy human/non-human animal based on artificial and groundless differences that leads to actions always harmful to the non-human animals. In this work we want to show, on the one hand, that many of the characteristics proposed as specifically human are shared by at least some non-human animal species, and on the other hand, that specifically human characteristics do exist, but from this fact does not follow that we should draw a sharp line between human and non-human animals. We reject the speciesist and segregationist perspective that establishes that only human beings possess a singular position in nature. Every animal species has its own characteristics and, therefore, there would be no place for a human exception, but there would be as many exceptions as animal species exist in the nature. Instead of the abyss established between human animals and non-human animals, we defend the perspective of the animal continuum, which allows recognizing the characteristics that we share with other animal species and, therefore, promotes the end of the speciesism.



Resumo Espanhol:

Persiste, en la actualidad, una profunda necesidad de diferenciar a los miembros de la especie Homo sapiens de los individuos pertenecientes al resto del reino animal. Como consecuencia de esa necesidad surge la dicotomía humano/animal no humano, basada en diferencias artificiales e infundadas, que responde a fines siempre perjudiciales para los animales no humanos. En este trabajo queremos mostrar que, por un lado, muchas de las características propuestas como específicamente humanas son compartidas al menos por algunas especies animales no humanas y que, por otro lado, existen características específicamente humanas, pero que de eso no se concluye que debamos establecer una separación entre animales humanos y no humanos. Rechazamos la perspectiva especista y segregacionista de que solamente el hombre posee una posición singular en la naturaleza. Cada especie animal tiene sus propias características únicas y, por lo tanto, no habría lugar para una excepción humana, sino que habría tantas excepciones como especies animales existen en la naturaleza. En el lugar del abismo trazado entre animales humanos y animales no humanos, defendemos la perspectiva del continuum animal, que permite reconocer las características que compartimos con otras especies animales y, por lo tanto, promueve el fin del especismo.