O presente artigo discute aspectos sócio-polÃtico-culturais e epistemológicos que condicionam a educação jurÃdica universitária no Brasil. Trata-se, assim, de refletir, numa abordagem preliminar e panorâmica, sobre a capacidade de o ensino jurÃdico dar conta das transformações da sociedade contemporânea (marcada pela intensa mudança) e das transformações do próprio sistema jurÃdico, em ligação com os fundamentos epistemológicos que estão na sua base (que tipo de ciência do direito é pressuposta, e qual o papel das outras ciências sociais na formação do jurista). O artigo discute também os condicionantes polÃtico-institucionais da crise do ensino jurÃdico, atentando para o modo como as ciências sociais em geral são historicamente tratadas pelas polÃticas públicas de desenvolvimento da pesquisa e do ensino superior no Brasil. Propõe, ainda na perspectiva institucional, uma reflexão sobre a relação entre a crise da prestação jurisdicional no Brasil e a crise do ensino jurÃdico.