CONTRABANDO, TRAGÉDIA E REFLEXIVIDADE: ANTÍGONA NA FRONTEIRA GAÚCHA

Ideação

Endereço:
Av. Tarquínio Joslin dos Santos, 1300
FOZ DO IGUAçU / PR
Site: http://e-revista.unioeste.br/index.php/ideacao
Telefone: (45) 3576-8118
ISSN: 15186911
Editor Chefe: Fernando José Martins
Início Publicação: 31/12/1997
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

CONTRABANDO, TRAGÉDIA E REFLEXIVIDADE: ANTÍGONA NA FRONTEIRA GAÚCHA

Ano: 2013 | Volume: 15 | Número: 2
Autores: Adriana Dorfman¹, Daniel Francisco de Bem²
Autor Correspondente: Adriana Dorfman¹, Daniel Francisco de Bem² | [email protected]

Palavras-chave: Tragédia, Fronteira, Contrabando, Corpo morto

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O texto que segue aproxima o contrabando, descrito como sendo mais ou menos arraigado na escala local, no tempo cotidiano e na proximidade social e comunitária, ao mito grego de Antígona, tragédia escrita pelo grego Sófocles. Duplamente queremos aproximar a história de Antígona das histórias do bagayo e dos bagayeros em Santana do Livramento-Rivera. Primeiramente, no que remete à disputa em torno do corpo de alguém morto cometendo um crime contra o estado, questão essa que aparece tanto no mito grego quanto na fronteira hoje, seja enquanto representação discursiva em causos, contos, romances ou matérias jornalísticas, seja na vida real, quando morrem contrabandistas durante operações policiais. Uma segunda aproximação correlaciona aspectos performativos, reflexivos e jurídicos presentes na encenação das tragédias gregas (em seu próprio contexto histórico) e nas relações entre contrabandistas e aduaneiros. Nas duas aproximações, a questão central é a da tensão entre um direito familiar e/ou local e o direito do estado, tensão que se resume na oposição moral e legal.



Resumo Inglês:

This paper brings together smuggling - described as a practice that oscilates between its meaning due to encroachment at local scale, present time and social and communitarian closeness and its meaning in general or distant views – and the Greek myth of Antigone as depicted in Sophocles tragedy. The approximation between Antigone and ant smugglers in Santana do Livramento-Rivera (Brazilian-Uruguayan border) has two dimensions. The first has to do with struggles over the body of someone dead while committing a felony against the state, both in the tragedy as in present-day boundaries, as discursive representation in causos, shortstories, novels or news, as well as in real life, when smugglers die fighting the police. The second dimension discusses performative, legal and reflexive aspects found in the performance of Greek tragedies (in its historical context) and in the relations between smugglers and customs personnel. Both dimensions have at its center the tension between family/local law and state law, which can be condensed as an opposition between legitimate and legal.