O objetivo geral do artigo é apresentar a importância da apreensão do movimento contraditório do capital e a capacidade da classe trabalhadora produzir ação política que se coloque em enfrentamento com a ordem estabelecida, problematizando a questão educacional. Consideramos que a relação social determinante é a de exploração do capital sobre o trabalho e, portanto, personificada nas classes antagônicas desse modo de produção, burguesia e proletariado. Se entendermos o desenvolvimento do modo de produção capitalista como a materialidade em que se desenrolam determinadas estratégias políticas das organizações das classes sociais, é preciso também perceber que, ao mesmo tempo, essas estratégias e sistemas econômicos “modelam” os diferentes processos educativos. Aqui inicia o debate acerca do papel da escola nessas particularidades e também no conjunto da formulação estratégica de cada período histórico. Discutiremos com a concepção de politecnia e a problematizaremos. Sendo assim, será necessária uma análise da realidade brasileira para dela derivar uma estratégia de revolução particular à nossa formação social, e também uma mesma análise quanto à escola.