Este artigo objetiva analisar a plataforma de política externa venezuelana (PEV) para a integração regional entre 2004 e 2012, no contexto do governo de Hugo Chávez Frías. Para tal, a análise considera as contradições implicadas entre as possibilidades advindas da renda petroleira para financiar um projeto de integração latino-americanista e os limites de consolidação deste ante as dificuldades de superação do rentismo e do subdesenvolvimento como traço estrutural de uma economia dependente. A hipótese aqui aventada é a de que o Estado venezuelano fez uso da diplomacia petroleira para impulsionar seu projeto de integração anti-imperialista e latino-americanista. A pesquisa, de cunho qualitativo e caráter exploratório, centrou-se na análise bibliográfica e documental: exame de documentos oficiais do Ministerio del Poder Popular para las Relaciones Exteriores e de dados da economia venezuelana. Os resultados encontrados apontam que a integração bolivariana ocupou um lugar central na agenda da PEV e que os limites para sua consolidação derivam da forte vinculação entre a implementação desse modelo de integração e a renda petroleira.
This article aims to analyze Venezuela’s foreign policy platform towards regional integration between 2004 and 2012, in the context of Hugo Chávez Frías government. Therefore, the focus is on the contradictions between the possibilities generated from oil revenue to finance a Latin-Americanist integration project and the limitations of its consolidation, considering the difficulties to overcome underdevelopment as a structural element of a dependent economy. In this sense, the hypothesis presented is that the Venezuelan State enforced oil diplomacy to promote its anti-imperialist and Latin Americanist integration project. The research, qualitative and exploratory in its nature, is centered on bibliographic and documental analysis: review of official documents from Ministerio del Poder Popular para las Relaciones Exteriores and economic data. The results point that Bolivarian integration occupied a central place of Venezuela’s foreign policy and that the limits to its consolidation are based on the strong linkage between its implementation and oil revenue.