Ouvindo a fala de Hanna sobre Kant e piedade natural, filosofia da natureza pré- e pós-crítica, ao que cumpriria acrescentar pré- e pós-kantiana, limites da ciência e sua crítica metafilosófica ou filosofia metacrítica, defendendo uma filosofia robustamente metafísica e orientada por valores, na qual se volta a apreciar um dinamismo organicista etc. etc., fui levado involuntariamente a lembrar da fina ironia de Kant em seu Sonhos de um visionário explicados por sonhos da metafísica, na qual faz um acerto de contas com a metafísica precedente traçando um estreito paralelo entre as especulações dos metafísicos e as fantasias aberrantes de Swedenborg, um caso famoso de esquizofrenia de meados do século XVIII. Observando nosso ilustre visitante, não tenho dúvida de que ele está do lado dos metafísicos, como não tem medo de pleitear.