O objetivo deste artigo é compreender os meios pelos quais, a partir da contribuição epistemológica do educador Paulo Freire, a Campanha de Educação Popular da Paraíba (CEPLAR), em sua práxis, tornou-se o primeiro movimento voltado para a educação popular a se aproximar dos direitos humanos. No ínterim que vai de 1960 até 1964, percebeu-se que a CEPLAR firmou uma práxis educativa conscientizadora, reflexiva e dialógica voltada para o protagonismo, em oposição ao paradigma tradicional vigente, que ultrapassou os muros escolares, as fronteiras epistemológicas e consolidou o âmbito educativo como espaço de reivindicação e alcance dos direitos. É para além, portanto, de uma percepção metódica da história que este processo investigativo insinua desvelar os desdobramentos históricos que possibilitam enxergar e compreender a CEPLAR como um movimento legítimo de aproximação entre a educação popular e os direitos humanos.
The objective of this article is to understand the reasons, in connection with Paulo Freire’s epistemological contribution, why the People’s Education Campaign of Paraíba (CEPLAR) turned out to be the first move towards popular education to deal with human rights. In the period ranging from 1960 to 1964 it was realized that other than the existing paradigm, CEPLAR paved the way for a conscientious, thoughtful and dialogical praxis of education by emphasizing active participation since it has exceeded school walls and epistemological boundaries to consolidate the educational environment as a space where people can stand up for their rights. Therefore, this investigation aims to unfold the historical developments which made it possible to view CEPLAR as a bona fide move towards popular education and human rights beyond a methodical perception of history