Este trabalho trata de um trabalho teórico que versa sobre as contribuições de Paulo Freire a uma Educação CientÃfica na formação docente. Mostra-se que a escola contribui para a reprodução da estrutura da sociedade, quando no desenvolvimento do currÃculo dissemina uma monocultura escolar. Desta forma, o ensino que temos conduz os sujeitos a continuarem cada vez mais dominados para aceitarem as relações de desigualdade. Percebe-se a urgência em se romper com um ensino memorÃstico, que as academias privilegiem a formação e não se reduza a informação, e que a ciência seja compreendida como uma forma de ver o mundo. A inconclusão do ser, a inserção dos saberes cientÃficos na prática social, a presença do outro e de sua palavra, a pronunciar e transformar o mundo são elementos da pedagogia freireana que qualificam nossa compreensão de Educação CientÃfica. Em uma Educação CientÃfica suficientemente capaz de se aproximar das particularidades do ensino e das expectativas geradas para um público, vislumbramos uma educação formadora, em que o sujeito é capaz de dialogar com as informações cientÃficas que norteiam seu contexto de vida. Os conceitos e conteúdos são carregados de sentido e significados, eles não se fecham em delimitações conceituais desconectados do todo. Assim, uma Educação CientÃfica de professores privilegia primeiramente uma abertura para a compreensão desses conceitos cientÃficos em constante processo de reelaboração e resignificação, a partir de situações e contextos que dialogam e aproximam o educador e educando de seu cotidiano.