Com o objetivo de contribuir com o fortalecimento da educação formal em territórios urbanos de alta vulnerabilidade social, o presente artigo põe em discussão as intervenções realizadas por organizações da sociedade civil junto a escolas públicas situadas nessas localidades. Ao situar a educação como a principal ferramenta de interrupção do ciclo de transmissão transgeracional da pobreza, o impacto desse cenário de segregação social sobre as escolas situadas nas regiões mais vulneráveis é trazido para o centro do debate. Nesse contexto, discute-se a experiência da Fundação Tide Setubal no bairro de São Miguel Paulista, na perspectiva de acrescentar alguns elementos ao diálogo, cada vez mais necessário, entre as polÃticas públicas e o terceiro setor, tendo em vista o enfrentamento dos problemas da educação pública nos espaços urbanos segregados.