O artigo apresenta uma análise do processo de retomada da autoridade civil sobre os assuntos de defesa na Argentina, ao longo dos três primeiros governos após a transição do regime autoritário. Trata-se de um período marcado pela cristalização de um padrão de relações civil-militares cujo esteio é a subordinação dos militares ao poder civil. Argumenta-se que a construção desta subordinação foi o principal objetivo dos governos constitucionais, que prescindiram de uma atuação propositiva sobre os assuntos de Defesa para além do controle sobre os militares. A análise aqui apresentada parte de fontes documentais e hemerográficas, articuladas à literatura especializada sobre o tema.