Objetivo: Compreender a atuação dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) no desenvolvimento de estratégias para o controle da dengue no contexto da covid-19. Metodologia: Estudo descritivo-exploratório qualitativo, desenvolvido junto a oito ACE de três Unidades Básicas de Saúde (UBS) com alto índice de infestação do Aedes aegypti, localizadas em um município paranaense. Os dados foram coletados mediante entrevista individual, conduzida por um roteiro semiestruturado com dez questões, e submetidos à análise de conteúdo, recorrendo-se à análise lexicográfica na modalidade de classificação hierárquica descendente. Resultados: Foram visualizados inúmeros desafios enfrentados pelos ACE nas UBS durante a pandemia da covid-19, bem como as mudanças ocasionadas no seu processo de trabalho. Percebeu-se a importância da visita domiciliar de rastreio dos focos de dengue, ressaltando as barreiras sanitárias e sociais vivenciadas pelos ACE. Também se notou a relevância desses profissionais no enfrentamento da arbovirose, especialmente pelo reconhecimento profissional na Política Nacional de Atenção Básica. Conclusão: A atuação dos ACE foi perceptível na prevenção e no controle da dengue, principalmente em meio à pandemia. Apesar do infortúnio causado pela covid-19, os ACE continuaram exercendo suas funções nas UBS, responsabilizando-se pela vigilância epidemiológica e cumprindo as normas e diretrizes
Objective: To understand the role of the Agents of Combat to Endemic Diseases (ACE) in the development of strategies for dengue control in the context of the covid-19 pandemic. Methodology: A qualitative descriptive-exploratory study was carried out with eight ECs from three Basic Health Units (BHU) with high rates of Aedes aegypti infestation, located in a city in Paraná. Data were collected through individual interviews, conducted by a semi-structured script with ten questions, and submitted to content analysis, using lexicographic analysis in the descending hierarchical classification mode. Results: Numerous challenges faced by the CHWs in the PHU during the covid-19 pandemic were visualized, as well as the changes caused in their work process. The importance of home visits for screening of dengue outbreaks was perceived, highlighting the health and social barriers experienced by the CHWs. The relevance of these professionals in confronting arbovirosis was also noted, especially by the professional recognition in the National Primary Care Policy. Conclusion: The performance of the CHAs was noticeable in the prevention and control of dengue, especially in the midst of the pandemic. Despite the misfortune caused by covid-19, the CHAs continued to exercise their functions in the PHUs, taking responsibility for epidemiological surveillance and complying with the norms and guidelines established at the time.
Objetivo: Conocer el papel de los Agentes de Combate a Enfermedades Endémicas (ACE) en el desarrollo de estrategias de control del dengue en el contexto de la covid-19. Metodología: Estudio cualitativo descriptivo-exploratorio, desarrollado con ocho AE de tres Unidades Básicas de Salud (UBS) con altos índices de infestación por Aedes aegypti, localizadas en un municipio de Paraná. Los datos fueron recolectados a través de entrevistas individuales, conducidas por un guión semiestructurado con diez preguntas, y sometidos a análisis de contenido, utilizando análisis lexicográfico en la modalidad de clasificación jerárquica descendente. Resultados: Foram visualizados inúmeros desafios enfrentados pelos ACE nas UBS durante a pandemia da covid-19, bem como as mudanças ocasionadas no seu processo de trabalho. Percebeu-se a importância da visita domiciliar de rastreio dos focos de dengue, ressaltando as barreiras sanitárias e sociais vivenciadas pelos ACE. Também foi notada a relevância destes profissionais no enfrentamento à arbovirosis, nomeadamente através do reconhecimento profissional na Política Nacional de Atenção Primaria de Saúde. Conclusão: A atuação dos ACE foi perceptível na prevenção e no controle do dengue, principalmente em meio à pandemia. Apesar do infortunio causado pelo covid-19, os ACE continuaram a exercer as suas funções nas UPH, responsabilizándose pela vigilância epidemiológica e cumprindo as normas e orientações estabelecidas naquela época.