O déficit hídrico é um dos principais fatores limitantes da produção agrícola. Por isso, as plantas têm desenvolvido mecanismos de sobrevivência e aclimatação à condição de déficit hídrico, por exemplo, o fechamento estomático que visa minimizar a perda de água pela planta. Com efeito, as respostas das plantas ao déficit hídrico são controladas diretamente pelo balanço hormonal. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar como diferentes mutantes hormonais de tomateiro respondem à condição de déficit hídrico. Foram utilizados cinco genótipos de tomateiro, o cultivar Micro-Tom (MT), tipo selvagem, os mutantes Never ripe (Nr), com baixa sensibilidade ao etileno, diageotropica (dgt), com baixa sensibilidade à auxina, e os transgênicos L19 (com elevada biossíntese de giberelina) e SL (com baixa biossíntese de estrigolactonas). As plantas foram cultivadas em vasos de polietileno com capacidade para 350 mL preenchidos com substrato comercial. Durante o desenvolvimento, todas as plantas foram diariamente irrigadas até o início do déficit hídrico, 37 dias após a semeadura (DAS). A fim de induzir o déficit hídrico, a irrigação foi suspensa em parte das plantas por um período de sete dias. Plantas-controle foram irrigadas continuamente. Depois de sete dias nas respectivas condições (irrigada e déficit hídrico), as plantas foram colhidas para a realização das análises de crescimento, conteúdo relativo de água (CRA) e extravasamento de eletrólitos. Como esperado, plantas de L19 exibiram maior altura de plantas, enquanto plantas de SL apresentaram maior acúmulo de massa fresca e seca da parte aérea em condição controle. Em condição de déficit hídrico, observou-se redução de massa fresca e altura de plantas em todos os genótipos avaliados. Enquanto que apenas plantas de MT e SL não sofreram redução de massa seca da parte aérea em função da restrição hídrica. Quanto ao CRA, apenas plantas de L19 não apresentaram redução sob condição de déficit hídrico.
Drought stress is one of the main limiting factors of crop production. For this reason, plants have developed mechanisms of survival and acclimatization to the drought condition, for instance, the stomatal closure to minimize the loss of water by the plant. In effect, the plant's responses to water deficit are directly controlled by the hormonal balance. Thus, the present study aimed to evaluate how different tomato hormonal mutants respond to drought stress. Five tomato genotypes were used, the cultivar MicroTom (MT), wild-type, the mutants Never ripe (Nr), with low sensitivity to ethylene, diageotropica (dgt), with low sensitivity to auxin, and the transgenic L19 (with high biosynthesis of gibberellin) and SL (with low biosynthesis of strigolactones). Plants were grown in polyethylene pots with 350 mL filled with commercial substrate. During development, all plants were irrigated daily until the beginning of the drought stress, 37 days after sowing (DAS). Then, irrigation was suspended in part of the plants for seven days to induce drought. Control plants were irrigated continuously. After seven days in the respective conditions (irrigated and drought stress), the plants were harvested to analyze the growth, relative water content (RWC), and electrolyte leakage. As expected, L19 plants exhibited higher height, while SL plants showed greater fresh and dry shoot weight accumulation in control conditions. In drought stress conditions, a reduction in fresh weight and plant height was observed in all evaluated genotypes. In contrast, only MT and SL plants did not suffer a reduction in dry mass of the aerial part due to water restriction. As for the CRA, only L19 plants did not show a reduction under water deficit conditions.