CONTROLE QUÍMICO DA BRUSONE EM ARROZ DE TERRAS ALTAS: EFEITOS NOS FUNGOS NÃO ALVOS DO FILOPLANO

Pesquisa Agropecuaria Tropical

Endereço:
REVISTA PAT, ESCOLA DE AGRONOMIA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS - UFG
GOIANIA / GO
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Telefone: (62) 3521-1552
ISSN: 1983-4063
Editor Chefe: Alexsander Seleguini
Início Publicação: 31/12/1970
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Agronomia

CONTROLE QUÍMICO DA BRUSONE EM ARROZ DE TERRAS ALTAS: EFEITOS NOS FUNGOS NÃO ALVOS DO FILOPLANO

Ano: 2012 | Volume: 42 | Número: 1
Autores: Fábio José Gonçalves, Leila Garcês de Araújo, Gisele Barata da Silva, Marta Cristina Corsi de Filippi
Autor Correspondente: Fábio José Gonçalves | [email protected]

Palavras-chave: Oryza sativa L, Magnaporthe oryzae (Barr) Couch, biocontrole, antibiose.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A brusone em arroz de terras altas causa danos significativos,
necessitando de uma a duas aplicações de fungicidas,
para o controle da doença. No entanto, o efeito de fungicidas
sobre fungos não alvos do filoplano do arroz e benéficos são
desconhecidos. Este trabalho objetivou avaliar o efeito de
fungicidas no controle da brusone nas panículas, sobre fungos
não alvos do filoplano de arroz, e estudar a antibiose de fungos
não alvos para M. oryzae. Foi realizado um experimento em
campo, utilizando-se duas cultivares (Primavera e Bonança),
quatro fungicidas (trifloxistrobina + propiconazol, azoxistrobina,
tebuconazol e triciclazol) e testemunha, com delineamento
experimental em blocos ao acaso, em esquema de parcelas
subdivididas, e quatro repetições. Foram avaliados a severidade
da brusone nas panículas, o teor de clorofila nas folhas, o número
de unidades formadoras de colônia cm-² de folha e a antibiose.
A cultivar Primavera apresentou maior severidade de brusone
nas panículas do que a Bonança. Os fungicidas azoxistrobina e
trifloxistrobina + propiconazol diferiram significativamente da
testemunha, com menores severidades de brusone nas panículas.
O teor de clorofila não foi influenciado pelo tratamento com
fungicida, mas houve diferença entre as cultivares. Os fungicidas
tebuconazol, trifloxistrobina + propiconazol e azoxistrobina
reduziram significativamente os fungos do filoplano, em relação
à testemunha. O triciclazol proporcionou maior número de
unidades formadoras de colônia cm-² de folha, não diferindo da
testemunha. Dos quatro fungos testados, apenas Epicoccum sp.
apresentou antagonismo para M. oryzae.



Resumo Inglês:

Upland rice blast significantly affects yield, requiring
one or two fungicides applications to control it. However, the
effect of fungicides on beneficial fungi and on fungi not targeted
by rice phylloplane are unknown. This study aimed to evaluate
the effect of fungicides on panicle blast control, on fungi not
targeted by rice phylloplane, and to study the antibiosis of fungi
not targeted by M. oryzae. A field experiment was conducted by
using two cultivars (Primavera and Bonança), four fungicides
(trifloxistrobina + propiconazol, azoxistrobina, tebuconazol, and
triciclazol) and a control, with a randomized blocks design, in a
split-plot scheme, and four replications. The panicle blast severity,
leaf chlorophyll content, number of colony-forming units cm-²
of leaf area, and antibiosis were assessed. The Primavera
cultivar showed higher panicle blast severity than Bonança.
The fungicides azoxistrobina and trifloxistrobina + propiconazol
significantly differed from the control, showing the lowest panicle
blast severities. The fungicides did not affect the chlorophyll
content, but differences were noticed between the cultivars.
The fungicides tebuconazol, trifloxistrobina + propiconazol,
and azoxistrobina significantly reduced the phylloplane fungi,
concerning the control. The triciclazol did not differ from the
control, showing the highest number of colony-forming units cm-²
of leaf area. Among the four fungi tested, only Epicoccum sp.
showed antagonism to M. oryzae.