A crise de saúde mundial ocasionada pela pandemia do novo coronavírus representa um momento de incertezas. Devido à rápida propagação do vírus e à ausência de um plano de contingência apropriado, alguns medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina passaram a ser utilizados de forma preventiva, em especial no combate às infecções oportunistas como a pneumonia; porém a indicação desses fármacos rapidamente apresentou controvérsias. O objetivo desta pesquisa foi realizar uma revisão bibliográfica sobre as controvérsias da indicação de cloroquina e hidroxicloroquina, associadas ou não, à azitromicina para o tratamento da covid-19. A metodologia utilizada foi a revisão narrativa da literatura realizada no período de março de 2020 a março de 2021. Os diferentes autores foram unânimes em afirmar que devido às dificuldades impostas, existem grandes barreiras para comprovar o uso de cloroquina e hidroxicloroquina, tanto pela incerteza das pesquisas publicadas até o momento quanto pela qualidade duvidosa ou até mesmo questionável das metodologias utilizadas. Conclui-se que até o momento não há um tratamento específico para covid-19 devido à ausência de resultados robustos. Sendo assim, a comunidade científica vai se opor ao uso desses dois fármacos enquanto não forem divulgados dados de ensaios clínicos bem desenhados, com maior quantidade de participantes, metodologias mais claras e resultados mais consistentes.
The global health crisis caused by the new coronavirus pandemic represents a moment of uncertainty. Due to the rapid spread of the virus and the absence of an appropriate contingency plan, some drugs began to be used preventively: chloroquine, hydroxychloroquine, and azithromycin, especially in the fight against opportunistic infections such as pneumonia. However, the indication of these drugs quickly became controversial. The objective of this research was to conduct a literature review on the controversies of the indication of chloroquine and hydroxychloroquine, associated or not, to azithromycin for the treatment of covid-19. The methodology used was the narrative review of the literature conducted from March 2020 to March 2021. The different authors were unanimous in stating that due to the difficulties imposed, there are great barriers to proving the use of chloroquine and hydroxychloroquine, both due to the uncertainty of the research published so far and the dubious or even questionable quality of the methodologies used. It is concluded that to date there is no specific treatment for covid-19 due to the absence of robust results. Therefore, the scientific community will oppose the use of these two drugs until data from well-designed clinical trials are published, with a greater number of participants, clearer methodologies, and more consistent results.
La crisis sanitaria mundial provocada por la pandemia del nuevo Coronavirus representa un momento de incertidumbre. Debido a la rápida propagación del virus y la ausencia de un plan de contingencia adecuado, algunos medicamentos comenzaron a usarse de forma preventiva: cloroquina, hidroxicloroquina y azitromicina, especialmente en el combate a infecciones oportunistas como la neumonía. Sin embargo, la indicación de estos fármacos rápidamente se volvió controvertida. El objetivo de esta investigación fue realizar una revisión bibliográfica sobre las controversias de la indicación de cloroquina e hidroxicloroquina, asociadas o no, a la azitromicina para el tratamiento de la covid-19. La metodología utilizada fue la revisión narrativa de la literatura realizada desde marzo de 2020 hasta marzo de 2021. Los diferentes autores fueron unánimes en señalar que debido a las dificultades impuestas, existen grandes barreras para acreditar el uso de la cloroquina y la hidroxicloroquina, ambas por la incertidumbre de las investigaciones publicadas hasta el momento y la calidad dudosa o incluso cuestionable de las metodologías utilizadas. Se concluye que a en este momento no existe un tratamiento específico para el covid-19 debido a la ausencia de resultados robustos. Por ello, la comunidad científica se opondrá al uso de estos dos fármacos hasta que se publiquen datos de ensayos clínicos bien diseñados, con mayor número de participantes, metodologías más claras y resultados más consistentes.