Inexiste trabalho que esclareça de fato o que vem a ser uma teoria neo-institucional da mudança e quais
os elementos fundamentais para comparar-se, avaliar e construir tais teorias. O artigo propõe-se a refletir
sobre esse problema. Realiza-se uma análise comparada ente quatro teorias tradicionais da mudança no
novo institucionalismo. A análise apresenta os pontos de convergência e controvérsia no que diz respeito
ao problema da endogeneidade, o papel das instituições formais e institucionais, padrões tÃpicos de
explicação, mecanismos causais e modos de causação tÃpicos dos modelos neoinstitucionais. O propósito
central é compreender como essas quatro abordagens tradicionais da mudança respondem aos desafios de
promover a explicação dos processos de transformação institucional a partir das instituições. O estudo vai
além de uma simples análise comparada de teorias e busca oferecer, de modo preliminar, um método de
análise de teoria que crie condições possÃveis para explorar dimensões essenciais das abordagens
disponÃveis sobre o problema da mudança institucional a partir do novo institucionalismo. Que elementos
seriam constitutivos para representar efetivamente uma teoria neo-institucional? O método utilizado é
construÃdo a partir de problemas considerados fundamentais no avanço de uma teoria institucional. Para
tanto, considera-se que um dos passos iniciais para a construção das teorias da mudança institucional
seria associado, em tese, ao crescimento da demanda de análises comparativas de teorias, no sentido de
compreender mais de perto quais seriam os problemas e os refinamentos necessários para a construção de
teorias.