Este texto se ocupa de problematizar o pensamento de autores, em especial V Flusser e H. Bergson, que se dedicam a estudar a natureza da imagem e as durações heterócronas pelas quais ela se produz: as operações contraentes do corpo e os trabalhos da memória construindo a experiência perceptiva e o repertório de sentidos e valores resultantes deste processo. A motivação advém, todavia, de inquietações diante dos modos estratégicos pelos quais a máquina midiática discursiva e a informática persistem no cadenciamento de nossos tempos mnemônicos, de percepção e afecção, fixando repertórios para o imaginário, insuflados de juÃzos, opiniões e crenças, por seu turno, calcados nas conotações ligadas aos modelos dicotômicos, em nosso caso, à luz e à sombra. O artigo procura exortar no exercÃcio do pensamento modos de conceber a experiência da imagem não a partir de sua realidade semiósica, mas antes por uma compreensão de durações que insistem para aquém das durações da forma e do significado (préâ€semiósicas), mas que nos afeta como força, invisÃvel e virtual.
This paper is concerned with questioning the thought of authors, especially V Flusser and H. Bergson, who are dedicated to study the nature of the image and the heterochrony durations in which it occurs: the contracting operations of the body and the work of memory building the perceptual experience and the repertoire of meanings and values resulting from this process. The motivation comes, however, from concerns on the strategic modes by which the media machine and computer persist in the discourse of our times cadencing mnemonic and perceptual disorder, setting directories for the imaginary, inflated in judgments, opinions and beliefs in turn , founded on the connotations linked to the dichotomous models, in our case, light and shadow. The article seeks to urge the exercise of thinking ways of conceiving the image experience not from its semio†tic reality, but by an understanding of durations that insist, before durations of form and meaning (preâ€semiosis), affecting us as a force, invisible and virtual.