Este texto se desenvolve como uma dança, como uma dramaturgia de gestos possíveis para coreografar o presente em suas complexidades e mobilidades. Essa construção dramatúrgica, por sua vez, possibilita imaginar uma coreografia a partir das noções de encantamento e refúgio, como práticas (im)possíveis para pensar o papel de artistas e criadores diante da crise climática.É válido lembrar que a dramaturgia, aqui, não é entendida como manual ou partitura, mas sim como um campo aberto para abrir linhas de fuga de um problema em que as palavras não dão mais conta. Espera-se que estas palavras vazem, que se esparramem e que gerem desejo de movimento. É preciso imaginar, fabular, especular, e a especulação exige corpo. É uma relação terrena. Exige que nos joguemos, e que joguemos num outro plano de mudança. Coreografar, pausar, aterrar, rebolar, “outrar”, deslocar protagonistas e partilhar são algumas pistas para começar.
This text evolves like a dance, like a dramaturgy of possible gestures to choreograph the present in its complexities and mobility. This dramaturgical construction makes it possible to imagine a choreography based on the notions of enchantment and refuge, as (im)possible practices for thinking about the role of artists and creators in the face of the climate crisis. It is worth recollecting that dramaturgy, in this case, is not understood as a manual or musical score, but rather as an open field to open lines of flight from a problem where words are no longer enough. These words want to be spread out and arouse a desire for movement. It is necessary to imagine, to fable, to speculate, and speculation requires a body. It is an earthly relationship. It demands that we play and play in another plan of change. Choreographing, pausing, landing, rolling, dancing, moving protagonists and sharing, are some clues to get started.
Este texto se propone como una danza. Se ofrece como una dramaturgia de gestos posibles para coreografiar el presente, en sus complejidades y movilidad. Esta construcción dramatúrgica, a su vez, permite imaginar una coreografía a partir de las nociones de encantamiento y refugio, como prácticas (im)posibles parapensar el papel de los artistas y creadores frente a la crisis climática. Es organizado aquí algunos para componer una dramaturgia coreográfica. Recordando que aquí la dramaturgia no se entiende como manual o partitura. Sino más bien como un campo abiertopara abrir líneas de fuga de un problema donde las palabras ya no alcanzan. Palabras que desean que se filtren, se esparzan y generen ganas de movimiento. Es necesario imaginar, fabular, especular. Y la especulación requiere un cuerpo. Es una relación terrenal. Exige que juguemos y juguemos en otro plan de cambio. Coreografiar, pausar, aterrizar, rodar, bailar, mover protagonistas y compartir, son algunas pistas para empezar.