A Coroa e a Mitra no espaço público: representação de poder nas festas e cerimônias litúrgicas do século XVIII em Minas Gerais

Horizonte

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ISSN: 21755841
Editor Chefe: Antonio Geraldo Cantarela/Rodrigo Coppe Caldeira
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Teologia

A Coroa e a Mitra no espaço público: representação de poder nas festas e cerimônias litúrgicas do século XVIII em Minas Gerais

Ano: 2011 | Volume: 9 | Número: 20
Autores: Patrícia Ferreira dos Santos
Autor Correspondente: Patrícia Ferreira dos Santos | [email protected]

Palavras-chave: Igreja Católica, episcopado, colonização, visitas pastorais, liturgia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este estudo analisa, por meio das cartas produzidas pelos prelados do século XVIII, o emprego dos
ritos litúrgicos e festas oficiais em prol da afirmação da autoridade da Igreja e do Estado na
capitania de Minas Gerais. Àquela altura, a engrenagem do governo colonial, que envolveu
atividades administrativas, econômicas e militares; não prescindiu de um aparato de representação
pública dos poderes. Tratados sobre a doutrinação dos gentios circulavam pela Europa; os ritos e
festas oficiais eram regulados pelas Leis do Reino e constituições diocesanas. Deveriam teatralizar a
ordem colonial de dominação, produzir admiração, temor e respeito nas pessoas. As autoridades
coloniais eram obrigadas a tomar parte nos ritos, de modo a reafirmar a ordem colonial e defender a
hierarquia e o domínio dos espaços conquistados.



Resumo Inglês:

This study examines, through various correspondences in the eighteenth century, the use of
liturgical rites and official parties in order to affirming the authority of church of state. Gear
colonial involved several activities – administrative, economic and military; but also understood an
apparatus of public representation of powers. Treaties about the indoctrination of the gentiles
circulated throughout Europe. The rites and official celebrations were regulated by laws of kingdom
and diocesan constitutions. They should dramatize the colonial order of domination, produce
admiration, fear, and respect in people. The colonial authorities were obliged to take part in them;
aimed at reaffirm the colonial order and defend to the hierarchy and the domination of the
conquered areas.