O artigo retoma elementos conceituais de Victor Nunes Leal em Coronelismo, enxada e voto para analisar o crescimento das denúncias de assédio eleitoral a partir dos dados referentes às eleições de 2022. Inicialmente, explora-se o uso do termo no debate sobre a natureza da dominação na realidade histórica do Estado brasileiro, assim como a permanência do “voto de cabresto” e seu ressurgimento com uma nova roupagem. Para tanto, utiliza-se uma abordagem estrutural dos direitos políticos e questiona-se a existência de um habitus eleitoral conformado por elementos coronelistas. Ao final, apresenta-se as diretrizes do Conselho Nacional do Ministério Público (Recomendação nº 110/2024) no combate às práticas de assédio eleitoral e a posição da Justiça Eleitoral em face dos casos.
The article takes up conceptual elements from Victor Nunes Leal's Coronelismo, enxada e voto to analyze the vote to analyze the growth in complaints of electoral harassment based on data from the 2022 elections. Initially, the use of the term is explored in the debate on the nature of domination in the in the historical reality of the Brazilian state, as well as the permanence of the “vote of cabresto” and its resurgence in anew guise. To this end, it is used a structural approach to political rights and questions the existence of an electoral habitus shaped by coronelist elements. Finally, the guidelines of the National Council of Public Prosecutors (Recommendation 110/2024)are presented to combat electoral harassment practices and the position of the Electoral Justice in the face of these cases.
El artículo retoma elementos conceptuales de Coronelismo, enxada e voto de Victor Nunes Leal para analizar el voto para analizar el crecimiento de las denuncias de acoso electoral a partir de los datos de las elecciones de 2022. Inicialmente, el uso del término se explora en el debate sobre la naturaleza de la dominación en la en la realidad histórica del Estado brasileño, así como la permanencia del “voto cabestro” y su resurgimiento bajo un nuevo disfraz. Para ello, se utiliza un enfoque estructural de los derechos políticos y cuestiona la existencia de un habitus electoral conformado por elementos coronelistas. Por último, se presentan las directrices del Consejo Nacional de Ministerios Públicos (Recomendación 110/2024) para combatir las prácticas de acoso electoral y la posición de la Justicia Electoral ante estos casos.