Esse artigo propõe uma chave de leitura queer para uma produção de curtas-metragens brasileiros recente em que reconhecemos uma reconfiguração dos espaços para o acolhimentos das corpas LGBTQIA+, um trabalho de reimaginação das relações e do mundo, que nos leva ao complexo conceito da enqueerzilhada, um espaço sobredeterminado que reimagina processos de exclusão/inclusão ao mesmo tempo em que torna visíveis formas de vida em trânsito. Apontamos, ainda, que essas construções também implicam uma rearticulação da voz e do corpo no que Maria Galindo chama de alianças insólitas. Concluimos com uma possibilidade de entender essa produção recente como pensamento sobre o mundo que produz uma fértil pedagogia queer.
This article proposes a queer reading of recent Brazilian short films where er focus on the reconfiguration of spaces for LGBTQIA+ bodies, a work of reimagining relationships and the world, which leads us to the complex concept of enqueerzilhada, an overdetermined space that reimagines processes of exclusion/inclusion while making visible forms of life in transit. We also point out that these constructions also imply a re-articulation of voice and body in what Maria Galindo calls weird alliances. We conclude with a possibility of understanding this recent production as a way of thinking about the world that produces a fertile queer pedagogy.
Este artículo propone una clave de lectura queer para una producción reciente de cortometrajes brasileños en la que reconocemos una reconfiguración de espacios de acogida de cuerpos LGBTQIA +, un trabajo de reinvención de las relaciones y el mundo, que nos lleva al complejo concepto de enqueerzilhada, un espacio sobredeterminado que reinventa procesos de exclusión/inclusión al tiempo que visibiliza formas de vida en tránsito. También señalamos que estas construcciones también implican una re-articulación de voz y cuerpo en lo que María Galindo llama alianzas insólitas. Concluimos con la posibilidad de entender esta reciente producción como pensar en el mundo que produce una fértil pedagogía queer.