Em sua releitura da teoria freudiana, Jacques Lacan destaca a função da fala e afirma que o inconsciente se estrutura como linguagem. Em uma aproximação superficial à teoria lacaniana, tem-se a impressão de que o afeto teria sido negligenciado em prol do conceito de significante. Neste artigo defendemos que há uma teorização lacaniana dos afetos e, para para defender nossa hipótese, buscaremos discutir os modos de apresentação deste conceito na teoria lacaniana.
In his reinterpretation of Freudian theory, Jacques Lacan emphasizes the function of speech and affirms that the unconscious is structured like a language. If we consider only a superficial approach to Lacanian theory, we can get the impression that the affect would have been neglected in favor of the concept of the signifier. In this article we argue that there is a Lacanian theory of affects, and to advocate for our hypothesis, we will seek to discuss ways of presenting this concept in Lacanian theory.