O artigo discute a relação entre corpo, trabalho e subjetividade humana no contexto das mudanças no mundo do trabalho baseadas no modelo de acumulação flexível. Para isso, apoia-se, sobretudo, na revisão de literatura. As reflexões indicam que as novas formas de gestão e organização do trabalho vêm implicando em: intensificação do trabalho e precarização do trabalhador, ampliando com isso as formas de adoecimento laboral; em políticas de produção com vista a produzir o consentimento ativo, baseadas em tecnologias de gestão de recursos humanos, tais como ergonomia, programas de qualidade de vida no trabalho e ginástica laboral; e, em razão disso, desenvolve-se no interior da produção novos processos (de)formativos com implicações sobre a corporalidade viva do trabalho como um elemento significativo da captura da subjetividade do indivíduo trabalhador.
The article discusses the relationship between body, labor and human subjectivity in the context of changes in the world of work based on the standard flexible accumulation. Thus, it is based mainly on literature review. The reflections indicate that the new forms of management and work organization results in: work intensification and worker’s precarization, increasing forms of illness at work; in politics of production aiming to produce the active consent, based on management’s technology of human resources, such as ergonomics, quality working life programs and labor gymnastics; and, as a result, it develops inside the production new (de)formation processes with implications on the corporeality of worker as a significant element of the capture of subjectivity of the individual working.