Esse artigo pretende refletir sobre os movimentos sociais de travestis e transexuais a partir da trajetória pessoal de uma militante do movimento no Rio Grande do Sul, Marcelly Malta. Assim, pensando sobre as intersecções entre subjetividades e política/movimentos sociais, podemos abordar a diversidade de identidades e modos de ser que compreendem a existência travesti e transexual e, ao mesmo tempo, pontos em comum nessas trajetórias, como a violência policial, prostituição e a epidemia de AIDS. Dessa forma, podemos buscar compreender a necessidade de demandas que presumem sujeitos coletivos “essenciais” para os movimentos sociais, ao invés do reconhecimento da pluralidade e fluidez das identidades.
This article intends to reflect on the transvestites and transsexuals social movements from the personal trajectory of activist Marcelly Malta, from Rio Grande do Sul. Thus, thinking about the intersections between subjectivities and politics/social movements, we can approach the diversity of identities and modes of being that comprise transvestite and transsexual existence and, at the same time, points in common and convergences in these trajectories such as police violence, prostitution and the AIDS epidemic. In this way, we can seek to understand the need for demands that presume an essentialism in collective subjects for social movements, rather than the recognition of the plurality and fluidity of identities.