Corpos dissidentes e os sons do silêncio reflexões sobre a música da branquitude na belle époque de Fortaleza

Revista Ágora

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ISSN: 1980-0096
Editor Chefe: Adriana Pereira Campos e Kátia Sausen da Motta
Início Publicação: 01/01/2005
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: História

Corpos dissidentes e os sons do silêncio reflexões sobre a música da branquitude na belle époque de Fortaleza

Ano: 2024 | Volume: 35 | Número: Não se aplica
Autores: A. L. R. Martins, E. A. Fernandes
Autor Correspondente: A. L. R. Martins | [email protected]

Palavras-chave: branquitude, música, belle époque

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Temos como objetivo debater a opressão sistêmica aos corpos dissidentes propagada na música da branquitude na Belle Époque de Fortaleza. Compreendemos, antes de mais nada, a Belle Époque como um discurso que opera dentro da lógica da colonialidade, impondo um padrão de dominação desenvolvido pela modernidade. Esse padrão incide na realidade dos corpos colocados em dissidência em relação às estruturas de poder e à branquitude enquanto uma racialidade historicamente construída como uma ficçãode superioridade que beneficia material e simbolicamente pessoas brancas. Os documentos analisados são músicas registradas em partituras e discos de 78 rpm, além de correspondências, livros de música e periódicos. Refletimos sobreessas questões com base na leitura de autores do Giro Decolonial, dos Estudos Pós-Coloniais e dos Feminismos Interseccionais.



Resumo Inglês:

Our aim is to debate the systemic oppression of dissident bodies propagated in the music of whiteness in Fortaleza’s Belle Époque. First and foremost, we understand the Belle  Époque as  a  discourse  that  operates  within  the  logic  of  coloniality, imposing a pattern of domination developed by modernity. This pattern affects the reality of bodies placed in dissent in relation topower structures and whiteness as a raciality historically constructed as a fiction of superiority that materially  and symbolically benefits white people. The documents analyzed are songs recorded on sheet music and 78 rpm records, as well as correspondence, music books and periodicals. We reflect on these issues based on the reading of authors from the Decolonial Turn, Post-Colonial Studies and Intersectional Feminisms.



Resumo Espanhol:

Nuestro objetivo es debatir la opresión sistémica de los cuerpos disidentes propagada en la música de la blancura en la Belle Époque de Fortaleza. En primer lugar, entendemos la Belle Époque como un discurso que opera dentro de la lógica de la colonialidad, imponiendo un patrón de dominación desarrollado por la modernidad. Este patrón afecta a la realidad de los cuerpos situados en la disidencia en relación a las estructuras de poder y a la blancura como racialidad construida históricamente como una ficción de superioridad que beneficia material y simbólicamente a los blancos. Los documentos analizados son canciones grabadas en partituras y discos de 78 rpm, así como correspondencia, libros de música y publicaciones periódicas. Reflexionamos sobre estas cuestiones a partir de la lectura de autoras del Giro Decolonial, los Estudios Postcoloniales y los Feminismos Interseccionales.