A mobilidade humana é um fenômeno que cada vez mais tem sido notado em função das consequências para a saúde, tanto das populações locais quanto das migrantes em ambos os polos do circuito. Partindo de uma revisão de alguns autores que abordam as patologias associadas aos corpos dos imigrantes, o artigo problematiza as questões relacionadas com as representações sociais das agentes comunitárias de saúde sobre os novos imigrantes haitianos em uma cidade de médio porte no Sul do Brasil. A pesquisa foi realizada etnograficamente, por meio de observações participantes, entrevistas, conversas formais e informais com imigrantes, gestores do sistema de saúde e agentes comunitárias de saúde entre 2014 e 2016. Os resultados apontam para a necessidade de se qualificar o acolhimento aos imigrantes junto aos serviços de saúde com o objetivo de prevenir possíveis situações de sofrimento e dificuldade de acesso aos serviços de saúde por parte desta população vulnerável.
Human mobility is a phenomenon that has increasingly been noted in terms of the health consequences of both local populations and migrants at both poles of the circuits. Starting from a review of the authors who address the pathologies associated with the bodies of immigrants, the article discusses issues related to the social representations of community health agents of the new Haitian immigrants in a medium-sized city in the South of Brazil. The research was carried out through participant observation, interviews, formal and informal conversations with immigrants, health service managers and community health agents between 2014 and 2016. The results point to the need to qualify health services professionals for the reception of immigrants in order to prevent possible situations of suffering and difficulty in accessing health services by this vulnerable population.