Correlação da força muscular inspiratória e preensão palmar em pacientes com fibrose cística

Revista Brasília Médica

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ISSN: 2236-5117
Editor Chefe: Eduardo Freire Vasconcellos
Início Publicação: 01/09/1967
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Saúde coletiva

Correlação da força muscular inspiratória e preensão palmar em pacientes com fibrose cística

Ano: 2023 | Volume: 60 | Número: Especial
Autores: Bruno Fernandes Costa Ferreira1, Alessandra Straioto Salomão2, Vera Lúcia dos Santos Alves3, Vivian Bertoni Xavier4, Neiva Damaceno5
Autor Correspondente: Bruno Fernandes Costa Ferreira | [email protected]

Palavras-chave: fibrose cística, força, preensão manual, força respiratória

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

INTRODUÇÃO: A Fibrose cística (FC) apresenta complicações sistêmicas que podem reduzir a capacidade dos sistemas cardiovascular, músculo esquelético e respiratório. Há indicadores de que força muscular respiratória está diminuída nos pacientes com FC devido hiperinsuflação pulmonar e desnutrição. Outras pesquisas apontam valores normais ou acima da normalidade de força muscular inspiratória decorrente da sobrecarga respiratória imposta pela doença. Isso provavelmente pode ser atribuída às diferenças metodológicas empregadas, diferentes faixas etárias, instrumentos de medição e graus distintos de envolvimento pulmonar. Além da escassez de informações conclusivas quanto a força muscular inspiratória, o endurance muscular inspiratória e a relação entre a força muscular periférica e respiratória ainda não foram descritas.

OBJETIVO: Correlacionar a força muscular inspiratória e preensão palmar nos indivíduos com fibrose cística.

METODOLOGIA: Todos os indivíduos foram categorizados quanto ao sexo, idade (anos), peso (kg), altura (cm), antecedentes pessoais e realizado espirometria com coleta da capacidade vital forçada (CVF), volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e relação entre VEF1/CVF, mensurações de força muscular inspiratória máxima e preensão palmar por um único profissional.

RESULTADOS: Foram incluídos 19 participantes, 63% do sexo feminino (n=12), a maioria tinha uma classificação de IPAQ como irregularmente ativa, com média de pontos de 2,90±1,33. A média de idade foi de 12,11±2,90 anos, média de VEF1 foi de 74±28%. Em todos os participantes avaliados quanto à preensão palmar foi encontrado quase a totalidade classificada com dominância à direita com apenas um participante à esquerda. A força média de preensão palmar foi à direita de 18,98±7,48 e a esquerda foi de 18,20±6,76. Quanto a força muscular inspiratória máxima o valor médio predito foi de -96,80±12,12 e o alcançado -67,35±28,59. Houve uma relação positiva e moderada (r=0,64).

CONCLUSÃO: Houve uma relação positiva e moderada (r=0,64) entre força muscular inspiratória e a preensão palmar.