Correlação entre palpação digital, pressão de contração, atividade eletromiográfica e variáveis ultrassonográficas da musculatura do assoalho pélvico feminino

Revista Brasileira De Fisioterapia

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Editor Chefe: 11
Início Publicação: 29/02/1996
Periodicidade: Bimestral

Correlação entre palpação digital, pressão de contração, atividade eletromiográfica e variáveis ultrassonográficas da musculatura do assoalho pélvico feminino

Ano: 2014 | Volume: 18 | Número: 5
Autores: Vanessa S. Pereira, Humberto S. Hirakawa, Ana B. Oliveira, Patricia Driusso
Autor Correspondente: Patricia Driusso | [email protected]

Palavras-chave: assoalho pélvico; eletromiografia; fisioterapia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Contextualização:

A avaliação adequada da musculatura do assoalho pélvico (MAP) é essencial para o delineamento do tratamento correto. No entanto, atualmente não existe um método de avaliação dessa região que seja considerado como padrão-ouro.

Objetivo:

Verificar a correlação entre a palpação digital, a pressão de contração, a atividade eletromiográfica e as variáveis ultrassonográficas da MAP.

Método:

Neste estudo transversal, foram avaliadas 80 mulheres com idades entre 18 e 35 anos, nulíparas e sem relatos de disfunção de assoalho pélvico. Foram avaliados a função muscular por meio da palpação digital, a pressão de contração, a atividade eletromiográfica, o diâmetro bilateral do músculo bulbocavernoso e o deslocamento do colo vesical em relação à sínfise púbica por meio da ultrassonografia bidimensional. Para a análise estatística, foi realizada a Correlação de Pearson (p<0,05).

Resultados:

Observou-se uma correlação positiva forte entre a função e a pressão de contração da MAP (0,90). Observou-se também uma correlação positiva moderada entre essas duas variáveis e a atividade eletromiográfica da MAP (0,59 and 0,63, respectivamente), bem como entre o deslocamento do colo vesical e a sínfise púbica (0.51 e 0.60, respectivamente).

Conclusões:

Os achados deste estudo permitem concluir que existe correlação entre as variáveis ultrassonográficas e a função muscular, a pressão de contração e a atividade eletromiográfica da MAP em mulheres jovens nulíparas. A correlação forte existente entre a palpação digital e a pressão de contração indica que, na ausência de equipamentos, a perineometria pode ser facilmente substituída pela palpação digital da MAP.



Resumo Inglês:

Background:

The proper evaluation of the pelvic floor muscles (PFM) is essential for choosing the correct treatment. Currently, there is no gold standard for the assessment of female PFM function.

Objective:

To determine the correlation between vaginal palpation, vaginal squeeze pressure, and electromyographic and ultrasonographic variables of the female PFM.

Method:

This cross-sectional study evaluated 80 women between 18 and 35 years of age who were iparous and had no pelvic floor dysfunction. PFM function was assessed based on digital palpation, vaginal squeeze pressure, electromyographic activity, bilateral diameter of the bulbocavernosus muscles and the amount of bladder neck movement during voluntary PFM contraction using transperineal bi-dimensional ultrasound. The Pearson correlation was used for statistical analysis (p<0.05).

Results:

There was a strong positive correlation between PFM function and PFM contraction pressure (0.90). In addition, there was a moderate positive correlation between these two variables and PFM electromyographic activity (0.59 and 0.63, respectively) and movement of the bladder neck in relation to the pubic symphysis (0.51 and 0.60, respectively).

Conclusions:

This study showed that there was a correlation between vaginal palpation, vaginal squeeze pressure, and electromyographic and ultrasonographic variables of the PFM in iparous women. The strong correlation between digital palpation and PFM contraction pressure indicated that perineometry could easily be replaced by PFM digital palpation in the absence of equipment.

Key words: pelvic floor; electromyography; physical therapy