COVID-19 NA ÓTICA DA MEDICINA VETERINÁRIA

Environmental Smoke

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ISSN: 2595-5527
Editor Chefe: Dimitri de Araujo Costa
Início Publicação: 12/08/2018
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

COVID-19 NA ÓTICA DA MEDICINA VETERINÁRIA

Ano: 2021 | Volume: 4 | Número: 1
Autores: José Andreey Almeida Teles, Inácio José Clementino, Suely Ruth Silva, Francisco de Assis Azevedo, Marianne Rachel Domiciano Dantas Martins
Autor Correspondente: José Andreey Almeida Teles | [email protected]

Palavras-chave: Risco, Infecção, Animais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No final do ano de 2019, um mutante do coronavírus com potencial de causar doença respiratória em humanos surgiu no continente asiático, denominado SARS-CoV-2 causador da doença COVID-19 e que, em poucos meses já era considerado pandêmico. A identificação da doença provocou medo entre as pessoas, especialmente pela sua elevada capacidade de disseminação e potencial de causar óbito em uma parcela dos indivíduos infectados. A gravidade desta enfermidade varia de leve a intensa, podendo culminar em morte, especialmente em indivíduos portadores de comorbidades. O quadro clínico causado varia bastante, supostamente conforme a carga viral com a qual o portador entrou em contato e ainda segundo a porta de entrada no organismo. Sabe-se, porém, que o coronavírus possui baixa capacidade de sobreviver em superfícies, porém não se descarta a possibilidade de veiculação do mesmo através de embalagens de produtos adquiridos em locais com presença do referido agente e que tenham sido transportados em um período de uma a três semanas em temperatura ambiente. Inclui-se aí a possibilidade de veiculação ainda em superfícies vivas como, por exemplo, a partir de animais, especialmente os de companhia, haja vista a proximidade e contato frequente entre as pessoas da residência. Vale ressaltar que animais e produtos animais representam uma ameaça à saúde humana, todavia o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) possui regras e normas que regulam esse tráfego de modo a evitar ou minimizar os riscos de prejuízo à saúde e o bem-estar dos seres humanos, os interesses da agricultura, horticultura ou silvicultura e o bem-estar e a sobrevivência dos recursos da vida selvagem. Embora haja suspeitas de que o SARS-CoV-2 tenha surgido de uma fonte animal, não há razão para pensar que qualquer animal, incluindo animais de estimação como gatos e cães, possam ser uma fonte de infecção (portador do agente e que pode disseminar) por esse novo coronavírus.  Os poucos casos de infecção de gatos pelo SARS-CoV-2 relatados, referem-se a animais que conviviam com humanos infectados, porém, sem evidência da importância epidemiológica desses animais na transmissão da doença para humanos. Porém, recomenda-se que, em caso de adoecimento pelo COVID-19, o indivíduo portador mantenha-se distante de qualquer animal de estimação que possua, deixando-o sob cuidados de terceiros, minimizando, desta forma, a chance de contaminação ou infecção desses animais. Essa orientação se dá pelo fato de que o agente viral expelido por tosse, espirros ou outras secreções eliminadas de indivíduos portadores, pode se depositar sobre pelo e pele de animais de estimação, por exemplo, quando expelidas em locais diversos onde animais tenham contato, estes animais poderão ainda veicular o agente viral em suas patas, boca e focinho. É importante frisar que embora ainda não esteja clara a contribuição dos animais domésticos na epidemiologia da COVID-19, é sabido que pets que convivem com pessoas infectadas apresentam risco mais expressivo de contrair o vírus. Pesquisas vêm sendo conduzidas pelo Brasil e em outras partes do mundo buscando a identificação molecular do vírus a partir de amostras biológicas coletadas de animais com sinais clínicos característicos ou sugestivos de COVID-19 e com histórico de convivência com famílias que tiveram pessoas infectadas pela doença em questão. Neste contexto, como até o presente momento, não existem evidências da transmissão do SARS-CoV-2 de animais para humanos, devem ser mantidos hábitos de higiene, uso de máscaras e distanciamento social, além de orientações para que os tutores suspeitos ou positivos para COVID-19 evitem contato com gatos e cães.



Resumo Inglês:

In late 2019, a coronavirus mutant with the potential to cause respiratory disease in humans emerged on the Asian continent, called SARS-CoV-2 causing COVID-19 disease, and within a few months it was already considered a pandemic. The identification of the disease caused fear among people, especially because of its high capacity of dissemination and potential to cause death in a portion of infected individuals. The severity of this disease varies from mild to severe, and can culminate in death, especially in individuals with comorbidities. The clinical picture caused varies widely, presumably according to the viral load with which the carrier came into contact, and also according to the entry into the body. It is known, however, that the coronavirus has a low ability to survive on surfaces, but the possibility of transmission through the packaging of products purchased in places with the presence of this agent and that have been transported in a period of one to three weeks at room temperature is not ruled out. This also includes the possibility of transmission on living surfaces, such as from animals, especially pets, given the proximity and frequent contact between people in the household. It is worth noting that animals and animal products represent a threat to human health, however, the Ministry of Agriculture, Livestock and Supply (MAPA) has rules and standards that regulate this traffic in order to avoid or minimize the risks of damage to the health and welfare of humans, the interests of agriculture, horticulture or forestry, and the welfare and survival of wildlife resources. Although SARS-CoV-2 is suspected to have arisen from an animal source, there is no reason to think that any animal, including pets such as cats and dogs, can be a source of infection (carrying the agent and can spread it) by this new coronavirus.  The few cases of infection of cats with SARS-CoV-2 that have been reported refer to animals that lived with infected humans, but without evidence of the epidemiological importance of these animals in the transmission of the disease to humans. However, it is recommended that, in case of becoming ill with COVID-19, the carrier should keep away from any pet animal, leaving it under the care of others, thus minimizing the chance of contamination or infection of these animals. This orientation is due to the fact that the viral agent expelled by coughing, sneezing or other secretions eliminated from carrier individuals, can be deposited on the hair and skin of pets, for example, when expelled in different places where animals have contact, these animals can still carry the viral agent in their paws, mouth and snout. It is important to emphasize that although the contribution of pets in the epidemiology of COVID-19 is still unclear, it is known that pets that live with infected people are at a higher risk of contracting the virus. Research has been conducted in Brazil and in other parts of the world aiming at the molecular identification of the virus from biological samples collected from animals with clinical signs characteristic or suggestive of COVID-19 and with a history of living with families that had people infected by the disease in question. In this context, as there is no evidence of SARS-CoV-2 transmission from animals to humans so far, hygiene habits, mask use, and social distancing should be maintained, in addition to guidance for guardians who are suspect or positive for COVID-19 to avoid contact with cats and dogs.



Resumo Espanhol:

A finales de 2019, surgió en el continente asiático un coronavirus mutante con potencial para causar enfermedades respiratorias en humanos, llamado SARS-CoV-2 que causó la enfermedad COVID-19 y que, en pocos meses ya se consideraba pandemia. La identificación de la enfermedad causó temor entre la población, especialmente por su alta capacidad de diseminación y su potencial para causar la muerte en una parte de los individuos infectados. La gravedad de esta enfermedad varía de leve a grave, y puede culminar en la muerte, especialmente en individuos con comorbilidades. El cuadro clínico provocado varía mucho, supuestamente según la carga viral con la que el portador entró en contacto y también según la puerta de entrada en el organismo. No obstante, se sabe que el coronavirus tiene una baja capacidad de supervivencia en las superficies, pero no se descarta la posibilidad de que se transmita a través de los envases de los productos adquiridos en lugares donde está presente el agente y que han sido transportados durante un periodo de una a tres semanas a temperatura ambiente. Esto incluye la posibilidad de transmisión en superficies vivas, por ejemplo, de los animales, especialmente las mascotas, dada la proximidad y el contacto frecuente entre las personas del hogar. Cabe mencionar que los animales y los productos de origen animal representan una amenaza para la salud humana, sin embargo, el Ministerio de Agricultura, Ganadería y Abastecimiento (MAPA) cuenta con reglas y normas que regulan este tráfico con el fin de evitar o minimizar los riesgos de daños a la salud y el bienestar de los seres humanos, los intereses de la agricultura, la horticultura o la silvicultura y el bienestar y la supervivencia de los recursos de la vida silvestre. Aunque se sospecha que el SARS-CoV-2 ha surgido de una fuente animal, no hay razón para pensar que cualquier animal, incluidos los animales domésticos como los gatos y los perros, pueda ser una fuente de infección (portadora del agente y que podría propagarse) por este nuevo coronavirus.  Los pocos casos notificados de infección de gatos por el SRAS-CoV-2 se refieren a animales que conviven con humanos infectados, pero no hay pruebas de la importancia epidemiológica de estos animales en la transmisión de la enfermedad a los humanos. Sin embargo, se recomienda que, en caso de infección por COVID-19, el individuo portador se mantenga alejado de cualquier animal de compañía que pueda tener, dejándolo al cuidado de otras personas, minimizando así la posibilidad de contaminación o infección de dichos animales. Esta orientación se debe al hecho de que el agente viral expulsado por la tos, los estornudos u otras secreciones eliminadas de los individuos portadores puede depositarse en el pelo y la piel de los animales domésticos, por ejemplo, al ser expulsado en diferentes lugares donde los animales tienen contacto, estos animales también pueden llevar el agente viral en sus patas, boca y hocico. Es importante destacar que, aunque la contribución de los animales domésticos en la epidemiología del COVID-19 aún no está clara, se sabe que los animales domésticos que conviven con personas infectadas tienen un mayor riesgo de contraer el virus. Se han realizado investigaciones en Brasil y en otras partes del mundo buscando la identificación molecular del virus a partir de muestras biológicas recogidas de animales con signos clínicos característicos o sugestivos de COVID-19 y con antecedentes de convivencia con familias que tenían personas infectadas por la enfermedad en cuestión. En este contexto, dado que hasta ahora no hay pruebas de transmisión del SARS-CoV-2 de los animales a los seres humanos, deben mantenerse los hábitos de higiene, el uso de mascarillas y el distanciamiento social, además de orientar a los guardianes sospechosos o positivos a COVID-19 para que eviten el contacto con gatos y perros.



Resumo Francês:

Fin 2019, un coronavirus mutant ayant le potentiel de provoquer une maladie respiratoire chez l'homme est apparu sur le continent asiatique, appelé SARS-CoV-2 provoquant la maladie COVID-19 et qui, en quelques mois, était déjà considéré comme pandémique. L'identification de la maladie a suscité la crainte de la population, notamment en raison de sa forte capacité de dissémination et de son potentiel à provoquer la mort d'une partie des personnes infectées. La gravité de cette maladie varie de légère à sévère et peut aboutir à la mort, surtout chez les personnes présentant des comorbidités. Le tableau clinique provoqué varie beaucoup, soi-disant en fonction de la charge virale avec laquelle le porteur a été en contact et aussi en fonction de la porte d'entrée dans l'organisme. On sait cependant que le coronavirus a une faible capacité de survie sur les surfaces, mais la possibilité de sa transmission par l'emballage de produits achetés dans des lieux où l'agent est présent et qui ont été transportés pendant une période d'une à trois semaines à température ambiante n'est pas exclue. Cela inclut la possibilité de transmission sur les surfaces vivantes, par exemple à partir des animaux, en particulier les animaux domestiques, étant donné la proximité et les contacts fréquents entre les personnes dans le ménage. Il convient de mentionner que les animaux et les produits d'origine animale représentent une menace pour la santé humaine. Toutefois, le ministère de l'agriculture, de l'élevage et de l'approvisionnement (MAPA) dispose de règles et de normes qui réglementent ce trafic afin d'éviter ou de minimiser les risques de dommages pour la santé et le bien-être des humains, les intérêts de l'agriculture, de l'horticulture ou de la sylviculture et le bien-être et la survie des ressources fauniques. Bien que le SRAS-CoV-2 soit soupçonné d'être d'origine animale, il n'y a aucune raison de penser que n'importe quel animal, y compris les animaux de compagnie comme les chats et les chiens, pourrait être une source d'infection (porteur de l'agent et susceptible de se propager) par ce nouveau coronavirus.  Les quelques cas rapportés d'infection de chats par le SRAS-CoV-2 concernent des animaux vivant avec des humains infectés, mais rien ne prouve l'importance épidémiologique de ces animaux dans la transmission de la maladie à l'homme. Cependant, il est recommandé, en cas d'infection par le COVID-19, que l'individu porteur se tienne à l'écart de tout animal de compagnie qu'il pourrait avoir, le laissant sous la garde d'autres personnes, minimisant ainsi les risques de contamination ou d'infection de ces animaux. Cette orientation est due au fait que l'agent viral expulsé par la toux, les éternuements ou d'autres sécrétions éliminées des individus porteurs peut se déposer sur les poils et la peau des animaux domestiques. Ainsi, lorsqu'il est expulsé dans différents endroits où les animaux sont en contact, ces derniers peuvent également porter l'agent viral dans leurs pattes, leur bouche et leur museau. Il est important de souligner que, bien que la contribution des animaux domestiques dans l'épidémiologie du COVID-19 ne soit pas encore claire, on sait que les animaux domestiques vivant avec des personnes infectées ont un risque plus élevé de contracter le virus. Des recherches ont été menées au Brésil et dans d'autres parties du monde en vue de l'identification moléculaire du virus à partir d'échantillons biologiques prélevés sur des animaux présentant des signes cliniques caractéristiques ou évocateurs du COVID-19 et ayant vécu dans des familles où se trouvaient des personnes infectées par la maladie en question. Dans ce contexte, comme il n'y a pas de preuve de transmission du SRAS-CoV-2 de l'animal à l'homme jusqu'à présent, il convient de maintenir les habitudes d'hygiène, l'utilisation de masques et la distanciation sociale, en plus de conseiller aux gardiens qui sont suspects ou positifs pour le COVID-19 d'éviter tout contact avec les chats et les chiens.