A crítica à hipóstase psicológica do universal na teoria da abstração de John Locke na Segunda Investigação Lógica de Edmund Husserl

Kairós

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ISSN: 2357-9420/1807-5096
Editor Chefe: Dr. Renato Moreira de Abrantes
Início Publicação: 20/01/2004
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Teologia, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

A crítica à hipóstase psicológica do universal na teoria da abstração de John Locke na Segunda Investigação Lógica de Edmund Husserl

Ano: 2023 | Volume: 19 | Número: 1
Autores: P. R. da Silva
Autor Correspondente: P. R. da Silva | [email protected]

Palavras-chave: Husserl, Locke, Abstração, Sensibilidade, Essência, Psicológico.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho tem como objetivo explicitar a crítica de Edmund Husserl (1859-1938) ao empirismo de John Locke (1632 -1704) circunscrita na Segunda Investigação Lógica na obra Investigações Lógicas (1901). Deste modo, detalharemos as questões referentes à hipóstase psicológica do universal defendida por John Locke, a qual surge devido a afirmação da não existência na realidade de algo universal, mas sim que apenas coisas individuais existem e são ordenadas em espécies e gêneros com respeito às semelhanças. Desta forma, as aparências das coisas são vistas como “complexos de ideias (simples)” e o fato de podermos nomear muitas coisas unicamente por meio de um e o mesmo nome geral prova que um significado geral, uma “ideia geral”, deve corresponder a isso. Discutiremos neste artigo como a abstração, para Husserl, não é o que percebemos apenas pelos dados da sensação, como o empirismo sensualista quer que acreditemos, mas as essências e as conexões de essências. Em suma, para a fenomenologia, não há oposição entre essencialidade (Wesenheit) e ser-dado (Gegebensein) às “essências” que são percebidas nas “próprias coisas”, não recorrendo a um artifício psicológico.



Resumo Inglês:

This work aims to explain the criticism of Edmund Husserl (1859-1938) to the empiricism of John Locke (1632 -1704) circumscribed in the Second Logical Investigation in the work Logical Investigations (1901). In this way, we will detail the questions referring to the psychological hypostasis of the general defended by John Locke, which arises due to the affirmation of the non-existence in reality of something like a universal, but that only individual things exist and are ordered in species and genera with respect to the similarities. In this way, the appearances of things are seen as "complexes of (simple) ideas", and the fact that we can name many things solely by means of one and the same general name proves that a general meaning, a "general idea", must correspond to In this article, we will discuss how abstraction, for Husserl, is not what we perceive only through sensation data, as sensualist empiricism wants us to believe, but essences and essence connections. In short, for phenomenology, there is no opposition between essentiality (Wesenheit) and being-given (Gegebensein) to the “essences” that are perceived in the “things themselves” without resorting to a psychological artífice.