O presente artigo propõe-se a oferecer uma descrição
do desenvolvimento da crÃtica de Max Stirner (1806-1856) ao
fenômeno da Reificação do Pensamento e de como as exigências
dessa crÃtica conduzem a noção de Ser-Próprio (Eigenheit). Ao
desenvolver a crÃtica de Stirner a essa “maniaâ€, aponto a sua função
dentro do jovem hegelianismo, e a estratégia “retórica†que Stirner
adota para denunciá-la. Essa estratégia, por sua vez, tem por
finalidade evitar que Stirner incida no vicio que condena lhe
permitindo contornar a acusação de “auto-contradiçãoâ€. Tal feitio
retórico do discurso stirneriano tem na expressão Ser-Próprio um
de seus principais elementos. Uma expressão que, conforme
iremos expor, denota a auto-referência de toda ação e produção
humana. Para Stirner o Ser-Próprio é o fator de individuação,
auto-afirmação e fruição, princÃpio e fim de toda ação e não
obstante o próprio indivÃduo “de carne e ossoâ€.