A crÃtica de Delfim Santos ao conceito orteguiano de distração não contradiz o entendimento do filósofo espanhol de que a distração revela algo do modo humano de ser. Delfim Santos segue a filosofia raciovitalista e a usa para completar a tese existencialista de construção de um sentido da vida pela razão. No entanto, observa que nem toda distração é desejável, mas só a que contribui para a construção do sentido. Quando a distração promove o autoesquecimento é indesejável, pois alimenta a crise de sentido de que fala a fenomenologia existencial.