Pretende-se nesse trabalho analisar a crítica do filósofo judeu-alemão Hans Jonas à ideia de progresso e sua perspectiva prática, a ideia de desenvolvimento. Tal perspectiva, segundo o autor, surge de uma mudança no status do saber na era moderna, o que significa reconhecer que a ciência moderna será colocada a serviço dessa ideia. O avanço da problemática ambiental, contudo, exige uma reavaliação ética de tal cenário, fazendo com que a simples utopia do desenvolvimento seja substituída por medidas de prevenção, antecipação dos efeitos negativos e até mesmo por freios voluntários. A política, assim, deve reorientar a ciência em nome de um novo papel: não apenas analisar o fato ocorrido, mas prevê-lo e, quiçá, contribuir para evita-lo.