Propõe-se uma discussão teórica voltada a impasses da crítica com a virada social nas práticas artísticas e o esvaziamento dos critérios estéticos, problematizando uma tendência que toma a ética como valor e critério privilegiado para avaliar trabalhos processuais, desmaterializados, colaborativos e relacionais. Especula-se que tal abordagem tem caráter despolitizado se desconsiderar os antagonismos e a densidade conceitual em favor da intencionalidade dos artistas que usam situações sociais para produzir projetos participativos e/ou colaborativos. A partir de Néstor García Canclini, Hal Foster, Nicolas Bourriaud, Claire Bishop e Jacques Rancière, elabora-se uma compreensão do caráter crítico e político da arte como modo de operar uma crítica dissensual capaz de articular o estético sem sujeitá-lo ao julgamento ético.
It proposes a theoretical discussion focused on the impasses of criticism with the social turn in the artistic practices and the emptying of the criteria of aesthetic, problematizing a tendency that takes ethics as value and criterion to evaluate the process, dematerialized, collaborative and relational works. It is speculated that such an approach has a depoliticized character if one disregard antagonisms and conceptual density in favor of the intentionality of artists who use social situations to produce participatory and/or collaborative projects. From Néstor García Canclini, Hal Foster, Nicolas Bourriaud, Claire Bishop and Jacques Rancière, an understanding of the critical and political character of art is developed as a way of operating a dissensual critique capable of articulating the aesthetic without subjecting it to ethical judgment.