O Povo Brasileiro de Darcy Ribeiro narra a saga de uma gente que nasceu no cruel
processo de dissolução de sua identidade – tupi, afro, luso – para, na superação de sua
ninguendade renascer como um novo gênero humano. Neste artigo, inicio um diálogo entre
Darcy Ribeiro e a crÃtica pós-colonial que reivindica a expansão da história mundial através
do reconhecimento dos povos que foram obscurecidos na narrativa da modernidade ocidental.
Enfatizo também algumas possibilidades de conexões com as ideias presentes em Appiah e
em Said sobre um novo universalismo baseado no hibridismo e na diversidade. Finalmente,
utilizo o conceito de modernidade partilhada a fim de incluir a constituição especÃfica da
nação brasileira na história da modernidade.
“The Brazilian Peopleâ€of Darcy Ribeiro tells the saga of a people who is born in
the cruel process of dissolution of its identity root - tupi, afro, luso - to, in the overcoming of
their “ninguendade†(“nobodynessâ€), to reborn as a “new human genderâ€. In this article, I
begin a dialogue between Darcy Ribeiro and the postcolonial critique that claims the
expansion of world history through the recognition of people that were obscured in the
narrative of occidental modernity. I emphasize also some possibilities of connections with the
ideas present in Appiah and Said about a new universalism based on hybridity and on
diversity. Finally, I use the concept of shared modernity in order to include the specific
constitution of the Brazilian nation in history of modernity.