O recorte realizado nesse artigo faz parte de uma pesquisa sobre crônicas e formação jornalística e consiste na observação de práticas de leitura envolvendo a obra A alma encantadora das ruas, de João do Rio (1908), junto a turmas de Jornalismo. As leituras realizadas estão atreladas à produção de reportagens-crônicas cujo mote foi a rua. As noções de leitor, lido, leitante e lendo, de Vincent Jouve (2002), e de flanêur, escriba e intérprete, de Bertrand Gervais (2004), são retomadas para pensar de que maneira a flanação literária pode impulsionar a flanação de ofício.
This article presents part of a research on chronicles reading and journalism training base d on observation of reading practices of the book The charming soul of the streets, by João do Rio (1908), carried out with Journalism undergraduates. After the reading, students were required to write chronicle articles around the theme of outside. The distinct scopes of a reader, as presented by Vincent Jouve (2002) and by Bertrand Gervais (2004), are summoned to reflect upon the possibility of literary idling leading to professional idling .