CRÔNICAS DO ESTADO NOVO: GRACILIANO RAMOS E A REVISTA CULTURA POLÍTICA

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ISSN: 21793948
Editor Chefe: Cícero da Silva
Início Publicação: 30/06/2010
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística

CRÔNICAS DO ESTADO NOVO: GRACILIANO RAMOS E A REVISTA CULTURA POLÍTICA

Ano: 2020 | Volume: 11 | Número: 1
Autores: F, F. P. Vasconcelos, L. S. Santos
Autor Correspondente: L. S. Santos | [email protected]

Palavras-chave: Crônica, Estado Novo, Autonomia Intelectual, Discurso Irônico

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As crônicas publicadas por Graciliano Ramos e reunidas postumamente em dois livros Linhas tortas e Viventes das Alagoas são a viga mestra da investigação deste artigo. O escritor alagoano se serviu do gênero cronístico em três momentos distintos. Primeiro como laboratório literário na sua primeira viagem ao Rio de Janeiro, depois na sua volta a Alagoas e por fim quando dela se serve como meio de sobrevivência. Em Viventes das Alagoas aparecem os textos produzidos para a revista Cultura Política, publicação subordinada ao Departamento de Imprensa e Propaganda da ditadura Vargas. Averigou-se essa agência e seu papel, além de perquirir as circunstâncias que levaram Graciliano Ramos a colaborar por quatro anos em um Aparelho Ideológico do Estado, regime que o encarcerou. Para alguns estudiosos, necessidade econômica, para outros, alinhamento político-ideológico. Detectou-se a ironia e o tom acrimonioso que desconstruía o projeto de nacionalidade estado-novista e, portanto, esvaziam-se as insinuações de emparelhamento do escritor ao projeto cultural da revista.



Resumo Inglês:

The chronicles published by Graciliano Ramos and posthumously assembled in two books Linhas tortas and Viventes das Alagoas are the cornerstone of the investigation of this article. The writer from Alagoas made use of the chronistic genre at three different times. First as a literary laboratory on his first trip to Rio de Janeiro, then on his return to Alagoas and finally when it worked as a mean to survive. The texts in Viventes das Alagoas were produced to the Cultura Politica magazine,  a publication subordinated to the Press and Publicity Department of the Vargas dictatorship. This agency and its role were investigated, as well as the circumstances that led Graciliano Ramos to collaborate for four years in an ideological apparatus of the State, a regime that imprisoned him. For some scholars economic necessity, for others political-ideological alignment. The irony and acrimonious tone that deconstructed the project of state-novice nationality was detected and, therefore, the insinuations about the writer's pairing with the magazine's cultural project are emptied.