Objetivos: Conhecer a opinião dos pais sobre o uso do andador infantil e comparar a idade de aquisição da marcha independente
entre os lactentes que usaram e os que não usaram o andador. Métodos: Neste estudo qualiquantitativo, realizou-se entrevista com
questionário semiestruturado com 26 pais, 14 de lactentes que usaram (GUAI) e 12 dos que não usaram o equipamento (GNUAI)
antes da aquisição da marcha. Empregou-se análise de conteúdo, a partir da qual, após extensa leitura, emergiram-se as categorias
para interpretação dos resultados. Para triangulação dos dados, a idade de aquisição de marcha foi documentada por contato
telefônico semanal e, para comparação entre grupos, usou-se o teste t de Student, nÃvel de significância α=0,05. Resultados: Foram
identificadas, nos relatos dos pais, as categorias: a) informações sobre o andador infantil; b) dúvida/decisão em usar versus certeza
de não usar; c) crenças sobre o uso do andador infantil e d) benefÃcios e malefÃcios do uso. A idade de aquisição da marcha
independente não foi diferente entre os grupos (p=0,837): GUAI iniciou a marcha com 376,17 (DP=32,62) dias e GNUAI, com 378,75
(DP= 27,99) dias. Conclusões: As crenças e sentimentos que permeiam a decisão de usar o andador ilustram racionalidades distintas
entre os pais sobre o significado desse equipamento para o desenvolvimento da marcha e ganho de autonomia da criança. O uso do
andador infantil não influenciou a idade de aquisição da marcha. Os resultados ampliam o entendimento das escolhas que podem
influenciar as práticas maternas no perÃodo pré-aquisição da marcha.
Objectives: To understand the opinion of the parents about the baby walker and compare the age of gait acquisition between infants that
used a walker and those that did not. Methods: In this quali-quantitative study, an interview involving a semi-structured questionnaire
was carried out with 26 parents, 14 of whose infants used the equipment (BWG) and 12 of whose infants did not (NBWG) prior to gait
acquisition. After extensive content analysis, categories for interpreting the results emerged. For data triangulation, the age of gait
acquisition was documented by weekly telephone contact. Student’s t-test was used for comparison between groups with a significance
level of α=0.05. Results: The following categories were identified in the parents’ reports: a) information about the baby walker; b) doubt/
decision to use it vs. certainty about not using it; c) beliefs about the use of a baby-walker; and d) benefits and harm from use. The
age of independent gait acquisition did not differ between groups (p=0.837): BWG initiated gait at 376.17 (SD=32.62) days and NBWG
did so at 378.75 (SD=27.99) days. Conclusions: The beliefs and feelings that permeate the decision to use a baby walker illustrate the
different rationales adopted by parents about the role of this equipment in the child’s development of gait and autonomy. The use of a
baby walker did not influence the age of gait acquisition. The results broaden the understanding of choices that influence child-rearing
practices prior to gait acquisition.