As crenças supersticiosas e apelos de marketing: como as marcas brasileiras utilizam conteúdos astrológicos em suas mídias
Intexto
As crenças supersticiosas e apelos de marketing: como as marcas brasileiras utilizam conteúdos astrológicos em suas mídias
Autor Correspondente: Érica Maria Calíope Sobreira | [email protected]
Palavras-chave: marcas, crenças supersticiosas, estratégias de marketing, astrologia
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Nos últimos anos, as superstições e suas características setornaram uma ferramenta para as marcas atraírem consumidores para a compra de seus produtos. Esta pesquisa tem como objetivo analisar como as marcas utilizam conteúdos astrológicos em suas mídias digitais. Adotando um método qualitativo, foi utilizada análise de conteúdo em sites e páginas do Instagram de quatro marcas brasileiras (Risquè, Farm, Imaginarium, Skol Beats). Cinco categorias nortearam a análise, nas quais foram identificadas subcategorias, apresentadas como resultados: (1) Tipo de linguagem: “de humor” ou “mística”; (2) Abordagem da astrologia: “prognóstica” ou/e “personalidade”; (3) Conhecimento de astrologia: requer ou não conhecimento do consumidor; (4) Integração marca-produto-conteúdo: conteúdo astrológico “associado” ou “não” aos produtos; (5) Parcerias: “presença” ou “não” de parcerias com outras marcas relacionadas ao tema astrologia. Em geral, o tipo de conteúdo utilizado por essas marcas é interacional e menos informativo. Portanto, esta pesquisa responde à pergunta: As crenças supersticiosas são importantes para os apelos de marketing? Sim, são, especialmente no atual contexto de mercado. Esta pesquisa contribui para a literatura sobre superstição, ao explorar a astrologia no contexto do mercado, e para a literatura de marketing, ao estudar como as marcas utilizam a astrologia em suas mídias. Como implicações gerenciais, é importante que as marcas trabalhem a astrologia com conteúdo do tipo interacional, e menos informativo, uma vez que os consumidores interessados neste tema parecem já ter conhecimento prévio sobre o mesmo. Além disso, destacamos uma série de maneiras pelas quais as marcas podem trabalhar com o tema da astrologia.
Resumo Inglês:
In recent years, superstitions and their characteristics have become a tool for brands to attract consumers to buy their products. This research aims to analyze how brands use astrological content in their digital media. Adopting a qualitative method, we conducted a content analysis on four Brazilian brands’ websites and Instagram pages (Risquè, Farm, Imaginarium, Skol Beats). Five categories guided the analysis, within which subcategories were found, presented in the results section: (1) Type of language: “humorous” or “mystical”; (2) Approach to astrology: “prognostic” or/and “personality”; (3) Knowledge of astrology: requires or does not require consumer’s knowledge of astrology; (4) Integration brand-product-content: astrological content “associated” or “not” with the products; (5) Partnerships: “presence” or “not” of partnerships with other brands concerning the astrology theme. In general, the type of content produced by these brands regarding astrology is interactional, and uninformative. Therefore, this research answers the question: Are superstitious beliefs important for marketing appeals? Yes, they are, especially in the current market context. This research contributes to the literature on superstition, by exploring astrology in the context of the market, and to the marketing literature, by studying how brands use astrology in their media. For managerial implications, it is important for brands to work on astrology with content of the interactional type, that does not need to be very informative, as consumers interested in this topic seem to already have prior knowledge about it. Additionally, we highlight a range of ways in which brands can work with astrology as a theme.
