Crescimento e estagnação: os limites da política econômica brasileira do século XXI

Revista de Estudos Sociais

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ISSN: 2358-7024
Editor Chefe: Roney Fraga Souza
Início Publicação: 31/03/1999
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Saúde coletiva, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Ciências Contábeis, Área de Estudo: Demografia, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Economia, Área de Estudo: Planejamento urbano e regional, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Tecnologia, Área de Estudo: Turismo, Área de Estudo: Engenharia biomédica, Área de Estudo: Engenharia elétrica, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Crescimento e estagnação: os limites da política econômica brasileira do século XXI

Ano: 2014 | Volume: 16 | Número: 32
Autores: L. F. de Souza
Autor Correspondente: L. F. de Souza | [email protected]

Palavras-chave: Economia Brasileira; Política Macroeconômica; Ciclo Econômico

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A economia brasileira vivenciou um ciclo expansivo ao longo da década de 2000, marcado pela expansão do investimento, geração de empregos e aumento da renda corrente. Após a crise econômica de 2008, que, apesar de ter seu epicentro nos mercados de dívida hipotecária norte-americana, se alastrou para várias economias do mundo, a economia brasileira entrou em uma fase de baixo crescimento, queda dos investimentos, mas com manutenção do nível de emprego. Este trabalho tem por objetivo mostrar que o recente ciclo da economia brasileira está intimamente relacionado aos mercados externos, tanto na sua fase expansiva, quanto na recessiva. Os elevados saldos em transações correntes diminuíram a dependência em relação ao capital externo para manter a estabilidade de preços, o que permitiu reduzir a taxa de juros e desvencilhar o investimento agregado. O próprio aumento da renda interna contribuiu para a redução do saldo comercial, mas a crise de 2008 intensificou este movimento, reduzindo as taxas de crescimento da economia nacional. Desta forma, a economia brasileira voltou a depender da entrada de capitais para a manutenção da estabilidade de preços e do arcabouço de políticas macroeconômicas que favorecem este movimento, a sacrificar ainda mais o crescimento do produto.



Resumo Inglês:

The Brazilian economy experienced an expansive cycle along the 2000s, marked by the increase of investment, job creation and current income. After the 2008 economic crisis, despite its epicenter in the US mortgage debt markets, its spread to several economies in the world, the Brazilian economy entered a phase of low growth, falling investment, but with maintenance level of employment. This work aims to show that the recent Brazilian economy cycle is closely related to foreign markets, both in its expansion phase, as the recessive. The high current account balances decreased dependence on external capital to maintain price stability, which reduced the interest rate and increased aggregate investment. The increase in domestic income contributed to the reduction in the trade balance, but the 2008 crisis intensified this movement, reducing the growth rates of the national economy. Thus, the Brazilian economy returned to rely on capital inflows to maintain price stability and on macroeconomic policy framework that favor this movement, further sacrificing output growth.